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Síndrome de Dumping: saiba o que é, conheça sintomas e causas

A mais comum das síndromes ocasionadas por cirurgias gástricas exige um diagnóstico rápido para evitar complicações. Em casos graves, pode levar a óbito

Por Clarice Sena
10 out 2024, 15h00
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Efeito "dumping" é comum após cirurgias gastrointestinais, especialmente as que incluem by-pass gástrico (Stefarmerpik/Freepik)
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A síndrome de “dumping” é um efeito colateral de cirurgias gástricas, especialmente aquelas que envolvem a redução do estômago, como a cirurgia bariátrica.

O efeito “dumping” consiste em um mal estar súbito quando o indivíduo ingere certos alimentos. Essa sensação é provocada por uma passagem rápida demais dos alimentos do estômago para o intestino. É comum que o “dumping” ocorra quando os alimentos consumidos apresentam grandes concentrações de gordura ou açúcar.

O que causa a síndrome de “dumping”?

O movimento rápido dos alimentos gera uma resposta do organismo que libera excessivamente substâncias vasodilatadoras e insulina, gerando um grande mal estar.

Existem outros fatores que podem causar o efeito “dumping”, como mudanças metabólicas no estômago ou tratamentos cirúrgicos para refluxo gastroesofágico, mas estes costumam ser casos raros. 

A síndrome de “dumping” pode se manifestar em até 50% dos casos de cirurgias gastrointestinais e tem uma incidência ainda maior – 75% de ocorrências – se a técnica utilizada for a de bypass gástrico, na qual é feita uma alteração no intestino para reconectá-lo à parte do estômago que irá permanecer funcional. 

Nessa alteração acontece a retirada do piloro funcional – uma espécie de válvula que controla a passagem do alimento para o intestino –, o que pode desencadear o “dumping”. 

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+Leia também: Dossiê bariátrica: 17 perguntas e respostas sobre a cirurgia

Sintomas de “dumping”

Os sintomas da síndrome de “dumping” se manifestam entre 15 a 30 minutos após a ingestão dos alimentos, provocando uma série de manifestações desconfortáveis:

  • Dores de cabeça e tontura;
  • Sudorese;
  • Náusea;
  • Dores abdominais;
  • Vômito;
  • Diarreia.

É comum que o indivíduo sinta necessidade de deitar por conta do mal estar. Nessa reação também pode ocorrer uma queda brusca de glicemia, graças à liberação excessiva de insulina pelo pâncreas. Esse efeito se manifesta 1 ou 3 horas após a alimentação e é chamado de “dumping tardio”

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Na reação tardia, os sintomas são mais agressivos e incluem taquicardia, palpitação, hipotensão arterial, fadiga, tontura e dor.

No primeiro caso, o médico deve ser informado a fim de tratar o mal estar. Já no “dumping tardio”, o ideal é levar o paciente diretamente ao hospital para monitorar e tratar corretamente o quadro clínico.

+Leia também: Exercício é essencial após a bariátrica pois modula o cérebro

Cuidados e tratamento da síndrome de “dumping”

O principal tratamento para o “dumping” leve consiste em modificações dos hábitos alimentares.

As refeições podem ser fracionadas em volumes menores para evitar o mal estar, e o consumo de doces e alimentos gordurosos deve ser evitado. Aumentar o tempo de mastigação e incluir mais fibras na dieta também são medidas que ajudam a evitar o “dumping”. 

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Outras estratégias incluem adotar o consumo de alimentos com digestão lenta e evitar a ingestão de líquidos durante as refeições. Em casos mais intensos de “dumping”, o médico poderá receitar medicamentos e hormônios para reduzir os efeitos da hipoglicemia e controlar as reações do pâncreas ao consumo de certos alimentos.

Em todos os casos, consulte um médico e siga corretamente o protocolo de cuidados após uma cirurgias gástrica.

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