Medicina

Saiba o que é a ateromatose aórtica, tipo mais grave de aterosclerose

Doença inflamatória das artérias pode provocar AVC e outras complicações. Entenda o problema e saiba como prevenir

Por Clarice Sena
22 jan 2025, 16h30

As doenças cardiovasculares causam cerca de 400 mil mortes no Brasil por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Dentre as encrencas que afetam as artérias, a ateromatose aórtica é o tipo mais grave de enfermidade, pois se concentra na aorta, a principal via de transporte de sangue para outras partes do corpo.

A ateromatose se caracteriza pelo acúmulo de substâncias como gorduras e cálcio nas paredes da aorta. Essa concentração gera os chamados ateromas, placas de sedimento que provocam lesões e obstruem o fluxo sanguíneo.

Qualquer tipo de bloqueio leva a uma diminuição na quantidade de sangue que chega às células. Com repetidas lesões no local das placas, acontece uma reação inflamatória grave e muito perigosa.

Como a aorta fica obstruída?

Diferente de outras artérias, a aorta é relativamente elástica, mas com o avanço da idade perde essa característica e fica com um diâmetro rígido. Embora homens apresentem aortas maiores do que as mulheres, eles sofrem com essa redução de elasticidade em idade mais precoce.

Esse fenômeno aumenta o perigo de obstrução pelos ateromas. As placas se formam naturalmente ao longo de muitos anos. No entanto, o tamanho e a velocidade são condicionados por hábitos e fatores de risco, que incluem tabagismo, hipertensão, diabetes, obesidade e sobrepeso, níveis elevados de colesterol e triglicerídeos, sedentarismo e histórico familiar de aterosclerose.

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Sintomas da ateromatose aórtica

A ateromatose é uma doença sistêmica que pode acontecer simultaneamente em mais de uma parte do corpo. Contudo, no caso da aorta, o problema costuma ser silencioso no começo e só gera sintomas quando a condição já é grave.

A aorta abastece diversos órgãos vitais, tais como o cérebro, coração e rins. Portanto dores nessas regiões podem ser um indicativo.

A obstrução total ou mesmo parcial pode provocar fraqueza, tonturas, confusão mental, dificuldade para caminhar, infarto agudo do miocárdio, aneurisma aórtico e levar ao acidente vascular cerebral (AVC) do tipo isquêmico, conhecido popularmente como “derrame”.

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Causas, diagnóstico e tratamento da ateromatose da aorta

A principal causa para a ateromatose é o envelhecimento, por isso, pessoas acima de 50 anos têm mais risco de ter a doença. Fatores genéticos, inflamações crônicas, obesidade e estresse também contribuem para o aparecimento do problema.

O diagnóstico da ateromatose envolve principalmente avaliações solicitadas pelo cardiologista, tais como exame de sangue, eletrocardiograma e cateterismo. Testes de imagem como ultrassonografias com doppler e angiografias também podem ser requeridos.

O tratamento varia de acordo com o local e a gravidade da obstrução da aorta. O médico pode indicar o uso de medicamentos para o controle da pressão arterial e dos índices de colesterol e triglicérides, bem como a prática de exercícios físicos e mudanças nos hábitos alimentares.

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Em casos graves, intervenções cirúrgicas como a ponte de safena ou angioplastia podem ser necessárias.