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Saiba a importância de manter a vacinação da Covid-19 em dia

O esquema completo é essencial para controle da doença, e isso inclui tomar ao menos duas doses das vacinas monovalentes antes de aderir às novas fórmulas

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein*
6 mar 2023, 15h37

Na segunda-feira (27), postos de saúde de todo Brasil iniciaram a vacinação contra a Covid-19 com a vacina bivalente, da Pfizer, versão mais atual e composta pela cepa original do coronavírus e pela variante ômicron.

O objetivo é continuar protegendo os brasileiros contra os avanços da doença, mas nem todo o mundo tomou pelo menos as duas primeiras doses da vacina.

Tomar ao menos as duas primeiras doses da vacina significa, por definição, estar com o esquema vacinal primário completo. Ele é considerado o mínimo necessário para garantir a proteção individual e a de todos os brasileiros.

Por falta de informação, por medo de sofrer reações adversas e/ou até por uma sensação de segurança diante da queda de novos casos de Covid-19, muitas pessoas não tomaram todas as doses necessárias.

+ Leia também: Por que as vacinas contra o coronavírus têm efeitos colaterais diferentes

Ainda que o esquema completo inclua apenas as primeiras duas doses, especialistas recomendam manter toda a vacinação de Covid-19 em dia – tomando, inclusive, as doses de reforço que já foram recomendadas.

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No caso de adultos, por exemplo, a vacinação contra o coronavírus começou em 2021 e, até então, além do esquema primário composto pelas duas doses inicias, já foram aplicadas pelo menos mais duas de reforço. No caso de imunossuprimidos, o esquema primário inclui três doses da vacina monovalente.

Agora, com a chegada da vacina bivalente da Pfizer, os grupos prioritários que estão com o ciclo vacinal completo já podem tomar a nova vacina. Quem não tomou pelo menos duas doses, terá de completar esse ciclo primário para depois tomar a vacina bivalente.

“As pessoas estão com o ciclo vacinal completo tomando apenas as duas doses primárias da vacina contra Covid-19, mas recomendamos que toda a população tome também as doses de reforço adicionais. O ciclo vacinal que consideramos ideal para garantir a proteção do paciente inclui todas as doses: as duas iniciais e as de reforço”, enfatiza a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Gouveia ressalta ainda que as pessoas que não estão no grupo prioritário e não completaram o ciclo primário de vacinação devem terminar seu esquema vacinal com a vacina monovalente, já que esses imunizantes continuam evitando a doença grave e óbitos.

Risco de novas ondas

Uma pessoa que não completa o ciclo de vacinação, além de se colocar em risco (por não estar com a proteção considerada ideal), também contribui para que o vírus continue circulando e sofrendo mutações frequentemente.

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O aumento das mutações dá origem a novas variantes, algumas sem relevância, mas outras podem se tornar mais fortes e causar impactos importantes à saúde pública, com aumento de casos, da gravidade da doença, das internações ou da mortalidade.

Isso acontece porque meses depois da vacinação há uma queda natural dos anticorpos que o organismo produziu induzido pelo imunizante e a pessoa pode se contaminar mesmo estando vacinada (só que de forma mais leve e até mesmo assintomática) e o vírus pode desencadear novas ondas de infecção (por isso, houve a necessidade de aplicações de doses de reforço).

Um exemplo desse escape vacinal aconteceu com a variante delta do coronavírus, descoberta na Índia. Ela era resistente às vacinas disponíveis na época, causando ondas importantes de contaminação com casos graves, internações e mortes.

Outro exemplo foi o surgimento da variante ômicron, que também causou novos picos de transmissão e contaminação e voltou a sobrecarregar o sistema de saúde com internações em decorrência da doença.

Esses surtos acontecem porque ao entrar em contato com um organismo que não está totalmente imunizado, o vírus ganha força e continua sendo transmitido. Assim, quanto mais indivíduos estiverem vacinados, menores são as chances de novas variantes continuarem surgindo, e mais próximo se torna o controle da Covid-19.

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+ Leia também: Covid-19: onde estamos e para onde vamos?

Em idosos, que estão incluídos no grupo prioritário (leia mais abaixo sobre qual é o público-alvo e as datas) no atual esquema de vacinação, o ciclo vacinal completo contra a Covid-19 é extremante importante por duas razões: uma é a redução natural da quantidade de anticorpos que o corpo produz induzido pela vacinação e isso permite que o vírus sofra mutações; outra é o fato de o sistema imunológico das pessoas idosas ser mais vulnerável e manter a proteção por menos tempo, em comparação com pessoas mais jovens.

O principal objetivo da vacina é fazer com que o organismo adquira uma espécie de ‘’memória imunológica’’. Isso acontece por meio da introdução do agente patogênico (no caso, o coronavírus) para estimular o corpo a gerar uma resposta imune, produzindo anticorpos que reagem para combater o “invasor”.

Junto aos outros cuidados de prevenção, como usar máscara e higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel, manter o ciclo de imunização em dia é uma das principais armas na luta contra o novo coronavírus e também de várias outras doenças.

Estar com o ciclo vacinal completo contra a Covid-19 é indispensável para reduzir e contaminação e impedir a ocorrência de casos graves da doença, o que diminui, também, as taxas de mortalidade em todo o mundo.

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Veja a previsão para a aplicação da vacina bivalente por grupos prioritários (vale confirmar as datas em cada município):

27/2

⦁ Idosos acima de 70 anos;
⦁ Pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e seus trabalhadores;
⦁ Pacientes imunocomprometidos com mais de 12 anos (aqueles que vivem com HIV, transplantados, portadores de doença renal crônica em hemodiálise, pacientes que passaram por quimio ou radioterapia nos últimos seis meses, portadores de erros inatos da imunidade, entre outros);
⦁ Indígenas, ribeirinhos e quilombolas com idade acima de 12 anos

6/3

⦁ Idosos na faixa dos 60 a 69 anos

20/3
⦁ Gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto)

17/4

⦁ Trabalhadores da saúde
⦁ Pessoas com deficiência permanente com mais de 12 anos
⦁ População privada de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas
⦁ Funcionários do sistema de privação de liberdade

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+ Leia também: Nem muito nem pouco: o papel da vitamina D

Vacinação nos demais grupos, já a partir da segunda-feira (27), com a vacina monovalente:

⦁ Crianças de seis meses a 4 anos recebem a vacina da Pfizer;
*Aquelas na faixa entre 3 e 4 anos, podem receber também a Coronavac, sendo o reforço preferencialmente com a Pfizer
⦁ Crianças de 5 a 11 anos recebem Pfizer ou CoronaVac, assim como adolescentes de 12 a 17 anos. O reforço também é preferencialmente com a Pfizer

⦁ Adultos de 18 a 39 anos recebem Pfizer ou CoronaVac
⦁ Adultos acima de 40 anos podem receber Pfizer, CoronaVac, AstraZeneca ou Janssen

Veja, abaixo, se o seu esquema vacinal está completo de acordo com a faixa etária:

⦁ 6 meses a 4 anos: 3 doses da Pfizer
⦁ 3 a 4 anos: 3 doses da Pfizer ou 2 doses da CoronaVac mais um reforço, preferencialmente da Pfizer
⦁ 5 a 11 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da CoronaVac, com reforço preferencialmente da Pfizer
⦁ 12 a 17 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da CoronaVac, com reforço preferencialmente da Pfizer
⦁ 18 a 39 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da CoronaVac, com reforço preferencialmente da Pfizer
⦁ 40 a 59 anos: 2 doses de Pfizer, CoronaVac, AstraZeneca, Janssen com 2 doses de reforço, sendo a segunda preferencialmente com Pfizer

*Esse texto foi publicado originalmente na Agência Einstein. 

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