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Radar da saúde: Brasil volta a registrar aumento na cobertura vacinal

Ufa! Após anos em queda, Ministério da Saúde consegue reverter tendência preocupante e retomar imunização infantil. Veja este e outros destaques

Por Diogo Sponchiato (texto) e Thiago Lyra (ilustração)
19 fev 2024, 09h04
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Índices de vacinação contra pólio, sarampo e outras doenças volta a subir no país. (Ilustração: Thiago Lyra/Veja Saúde)
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Depois de um longo e tenebroso período com números abaixo das metas, com problemas de acesso e adesão, fake news e uma pandemia no caminho, a vacinação volta a ganhar fôlego e escala no país.

Notícia celebrada pelo governo, que, há um ano, lançou um movimento em prol da retomada, baseado em conscientização da população e reorganização do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O empenho valeu a pena: considerando os dados até outubro de 2023, houve crescimento, em todo o Brasil, na aplicação de oito vacinas do calendário infantil, caso das fórmulas que protegem contra pólio, sarampo, hepatite A e meningite.

O trabalho, claro, continua e mira a busca e a manutenção das metas de cobertura vacinal a fim de resguardar a sociedade e evitar o retorno de doenças controladas. Dentro dessa ampla estratégia de prevenção, o PNI deve incorporar neste ano a vacina contra dengue.

+ LEIA TAMBÉM: Mudanças climáticas fazem avançar doenças transmitidas por mosquitos

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(Ilustração: Thiago Lyra/Veja Saúde)

Passado: 70 anos da ligação entre amianto e câncer

Em 1954, o médico britânico Richard Doll trouxe à tona o primeiro estudo a delatar que trabalhadores da indústria do amianto, mineral utilizado na fabricação de telhas, pisos e caixas-d’água, enfrentavam maior mortalidade por tumores pulmonares. Foi um alerta inédito sobre o perigo da exposição ao material e também sobre fatores de risco ocupacionais para o câncer.

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(Ilustração: Thiago Lyra/Veja Saúde)

Futuro: venenos de serpentes podem render remédio para pressão alta

Moléculas encontradas na peçonha de duas espécies brasileiras, a jararaca-de-barriga-preta e a surucucu, apresentam potencial anti–hipertensivo, segundo pesquisas tocadas pela Unifesp e o Instituto Butantan (SP). A expectativa é que essas substâncias possam ser testadas para dar origem a fármacos com menos efeitos adversos.

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(Ilustração: Thiago Lyra/Veja Saúde)

Um lugar: EUA veem aumento em doença causada por príons

Nem vírus nem bactéria: príons são proteínas anormais e infecciosas capazes de desencadear quadros neurodegenerativos graves e fatais. A forma mais conhecida é a doença de Creutzfeldt-Jakob, apelidada de “mal da vaca louca”. Pois o problema cresceu em incidência em território americano, especialmente entre mulheres e idosos. Cientistas investigam os porquês.

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(Ilustração: Thiago Lyra/Veja Saúde)

Um dado: 73% dos custos com a demência são arcados pelas famílias

Essa realidade é bem conhecida nos lares com pessoas que sofrem de Alzheimer e outras condições que abalam a cognição e a autonomia. E confirmada pelo Relatório Nacional sobre a Demência no Brasil, elaborado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) junto ao Proadi-SUS. As mulheres são as principais cuidadoras, muitas vezes tendo de abrir mão da carreira e do lazer.

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(Ilustração: Thiago Lyra/Veja Saúde)

Uma frase: Jim Allison

“O fato é que hoje podemos curar pacientes. E quero dizer curar mesmo. Eu costumava ter muito cuidado há dez anos ao usar essa palavra, mas, agora, com milhares de pessoas tratadas com sucesso pela imunoterapia, podemos falar em cura. Ao menos no sentido de décadas de vida sem precisar de um tratamento. Ao obter uma boa resposta imunológica, chegamos a curar 60% dos casos de melanoma [câncer de pele agressivo]. Quando não tínhamos esse recurso, a doença era incurável.”

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Jim Allison, imunologista americano e Prêmio Nobel de Medicina, em entrevista à revista VEJA

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