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Quimioterapia preventiva existe? Entenda tratamento de Kate Middleton

Técnica a qual a princesa de Gales foi submetida não previne câncer, e sim recidivas. É um método feito antes ou após a cirurgia para remover o tumor

Por Maurício Brum
Atualizado em 25 mar 2024, 10h38 - Publicado em 25 mar 2024, 09h53
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Integrante da realeza britânica confirmou diagnóstico de câncer em março, após várias semanas sem cumprir agenda pública (Kate Middleton/Reprodução)
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Após um prolongado sumiço que rendeu especulações e teorias da conspiração, Kate Middleton reapareceu no dia 22 de março, em um vídeo divulgado nas redes. Na gravação, a Princesa de Gales confirmou que recebeu um diagnóstico de câncer após passar por uma cirurgia abdominal em janeiro – e, agora, estaria fazendo uma “quimioterapia preventiva”, como definiu.

Mas no que exatamente consiste esse tratamento? Em primeiro lugar, é importante esclarecer: o termo usado por Kate não é tecnicamente correto, e pode gerar confusão. “Quimioterapia preventiva não existe, porque quimioterapia não previne câncer”, resume Rachel Riechelmann, head de oncologia clínica do A.C.Camargo Cancer Center.

“O que existe é quimioterapia adjuvante, um tratamento que é feito depois da cirurgia, e em alguns casos antes dela, para um tumor localizado, sem metástase”, explica a médica.

+Leia também: Existe mesmo uma epidemia de câncer entre jovens?

Entenda mais sobre esse tratamento abaixo.

Quando a ‘quimioterapia preventiva’, ou adjuvante, é indicada?

Vale reforçar: nenhum tipo de quimioterapia previne o desenvolvimento de um câncer, e esse tratamento agressivo só é indicado após um diagnóstico confirmado da doença.

No caso de uma quimioterapia adjuvante, a ideia de “prevenção” está relacionada a reduzir as chances de retorno do câncer após a realização da cirurgia.

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“Mesmo sendo localizado, o tumor pode liberar células malignas para outros órgãos através da corrente sanguínea”, explica Riechelmann. “O objetivo da quimioterapia adjuvante é matar essas células cancerígenas que estão no sangue, mas não são detectadas por exames de imagem nem exames de sangue”, conta.

Esse procedimento pode ser indicado antes de uma cirurgia de remoção do tumor, como uma forma de reduzi-lo para a operação, mas é mais comum que seja feito depois.

Após a cirurgia, é feita uma análise dos linfonodos ao redor do tecido removido. “Se houver linfonodos acometidos pelo tumor, as chances de a doença voltar são maiores, e a quimioterapia adjuvante aumenta as chances de cura”, diz a médica.

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Alguns tipos de tumor que podem ter essa indicação de tratamento incluem o câncer colorretal, câncer de mama, de ovário, pulmão, bexiga e pâncreas, mas outros tipos também podem se beneficiar da abordagem, conforme orientação médica.

Em seu vídeo, Kate Middleton não revelou qual foi seu diagnóstico de câncer, apenas que ela realizou uma cirurgia abdominal.

O que é quimioterapia e quais os efeitos colaterais

Quimioterapia é uma denominação ampla para um tratamento baseado no uso de diferentes medicamentos com o objetivo de destruir as células cancerígenas.

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O tipo de fármaco, o modo de aplicação, e a duração do tratamento variam conforme a necessidade de cada paciente, e devem ser sempre avaliados pela equipe médica que cuida do caso.

+Leia também: 7 mitos sobre a quimioterapia e o câncer

Embora o efeito colateral mais famoso da quimioterapia seja a queda de cabelos e outros pelos corporais, ele nem sempre ocorre – tudo vai depender do tipo de remédio administrado. Outros sintomas comuns em pacientes atravessando o tratamento incluem fraqueza, náuseas, vômitos e diarreia.

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Dependendo do caso, também pode ser indicada a radioterapia, outro tipo de tratamento adjuvante que combate células cancerígenas e reduz as chances de o problema voltar. A radioterapia pode ser feita de forma independente ou em paralelo à quimioterapia.

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