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Qual a diferença entre um nódulo e um tumor de tireoide?

Embora todo câncer seja um nódulo, nem todo nódulo é câncer. Na verdade, a maioria deles é benigna e assintomática. Entenda em detalhes

Por Mauricio Brum, Luana Pazutti e Clarice Sena (texto), Laura Luduvig (design) e Letícia Raposo (ilustrações e design)
2 dez 2024, 09h27
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Nódulos na tireoide são comuns, mas na imensa maioria das vezes são benignos e não exigem intervenção (Foto: kokouu/Getty Images Ilustração: Letícia Raposo/Estúdio Coral/Veja Saúde)
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A seguir, aprenda as diferenças entre nódulo e câncer na tireoide, a importante glândula que regula vários processos do corpo.

Nódulo na tireoide: o que é?

O nódulo é uma lesão sólida que se assemelha a um caroço e pode aparecer em qualquer parte do corpo.

Na tireoide, esse é o termo genérico usado para descrever uma alteração anatômica que se distingue do restante da glândula: uma porção que cresceu de forma autônoma e pode tanto ser benigna quanto maligna. A imensa maioria, porém, não apresenta sinais de perigo.

Como se desenvolve o nódulo na tireoide?

Embora possam estar atrelados a doenças de tireoide, não há consenso sobre o que causa os nódulos, que geralmente são assintomáticos. A única manifestação costuma ser o aparecimento de um caroço palpável.

Mas, dependendo do tamanho, eles podem provocar desconfortos funcionais e estéticos. Em geral, quando possuem até 1 centímetro, não exigem intervenções.

Como é feito o tratamento do nódulo?

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(Letícia Raposo/Estúdio Coral/Veja Saúde)

O ideal é manter o acompanhamento médico periódico. Medidas só são tomadas nos casos em que os nódulos geram sintomas, desconforto estético ou crescem demais.

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Nessas situações, os tratamentos disponíveis variam entre terapia hormonal, ablação dos nódulos por radiofrequência (destruição com um cateter) ou remoção cirúrgica, conforme avaliação profissional.

+Leia tambémExames genéticos podem evitar cirurgias de tireoide?

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Clique na imagem para ampliar (Foto: kokouu/Getty Images Ilustração: Letícia Raposo/Estúdio Coral/Veja Saúde)

Câncer na tireoide: o que é?

Quando um nódulo apresenta células malignas, passa a ser enquadrado como câncer. A massa muitas vezes é palpável, mas existem diferentes tipos da doença, como os carcinomas papilífero, folicular, medular, oncocítico e anaplásico.

O problema é mais frequente em mulheres e, a depender da origem, pode invadir estruturas no entorno do pescoço, como gânglios, e alcançar outros órgãos.

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Como se desenvolve o câncer de tireoide?

Nos estágios iniciais, os tumores não costumam dar sintomas. O primeiro sinal é o aparecimento do nódulo em si, mas a evolução depende bastante do tipo de câncer. O folicular, por exemplo, cresce lentamente, enquanto o anaplásico se caracteriza pela rapidez.

Na maioria dos casos, a doença começa a acarretar tosse, rouquidão e dificuldade para engolir. Mas o ideal é não esperar isso acontecer.

Como é feito o tratamento do tumor?

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(Letícia Raposo/Estúdio Coral/Veja Saúde)

O primeiro passo costuma ser a cirurgia de retirada parcial ou total da glândula e, eventualmente, dos linfonodos (gânglios) ao redor. Além disso, podem ser indicados tratamentos complementares, como a iodoterapia, que é feita via oral com iodo radioativo.

Para tumores mais avançados, há opções de quimioterapia e radioterapia.

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+Leia tambémTratamento não cirúrgico abre perspectivas para o câncer de tireoide

Hipo e hipertireoidismo: o que eles têm a ver?

A maioria das pessoas com esses distúrbios que ocasionam a redução ou aumento da produção de hormônios da tireoide não apresenta alterações anatômicas ali. Mas, durante a investigação, é frequente exames de ultrassom encontrarem presença de nódulos.

O hipotireoidismo é causado por essas massas anormais apenas em casos de bócio multinodular tóxico e adenoma tóxico, enquanto a propensão ao câncer na tireoide é maior entre portadores da tireoidite de Hashimoto, que leva ao hipertireoidismo.

Check-up da glândula

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Clique na imagem para ampliar (Letícia Raposo/Estúdio Coral/Veja Saúde)

Fontes: Carolina Ferraz, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo (Sbem-SP); José Miguel Dora, endocrinologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Alice Zelmanowicz, oncologista e chefe do Serviço de Oncologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem); Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO)

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