Qual a diferença entre um nódulo e um tumor de tireoide?
Embora todo câncer seja um nódulo, nem todo nódulo é câncer. Na verdade, a maioria deles é benigna e assintomática. Entenda em detalhes
A seguir, aprenda as diferenças entre nódulo e câncer na tireoide, a importante glândula que regula vários processos do corpo.
Nódulo na tireoide: o que é?
O nódulo é uma lesão sólida que se assemelha a um caroço e pode aparecer em qualquer parte do corpo.
Na tireoide, esse é o termo genérico usado para descrever uma alteração anatômica que se distingue do restante da glândula: uma porção que cresceu de forma autônoma e pode tanto ser benigna quanto maligna. A imensa maioria, porém, não apresenta sinais de perigo.
Como se desenvolve o nódulo na tireoide?
Embora possam estar atrelados a doenças de tireoide, não há consenso sobre o que causa os nódulos, que geralmente são assintomáticos. A única manifestação costuma ser o aparecimento de um caroço palpável.
Mas, dependendo do tamanho, eles podem provocar desconfortos funcionais e estéticos. Em geral, quando possuem até 1 centímetro, não exigem intervenções.
Como é feito o tratamento do nódulo?
O ideal é manter o acompanhamento médico periódico. Medidas só são tomadas nos casos em que os nódulos geram sintomas, desconforto estético ou crescem demais.
Nessas situações, os tratamentos disponíveis variam entre terapia hormonal, ablação dos nódulos por radiofrequência (destruição com um cateter) ou remoção cirúrgica, conforme avaliação profissional.
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Câncer na tireoide: o que é?
Quando um nódulo apresenta células malignas, passa a ser enquadrado como câncer. A massa muitas vezes é palpável, mas existem diferentes tipos da doença, como os carcinomas papilífero, folicular, medular, oncocítico e anaplásico.
O problema é mais frequente em mulheres e, a depender da origem, pode invadir estruturas no entorno do pescoço, como gânglios, e alcançar outros órgãos.
Como se desenvolve o câncer de tireoide?
Nos estágios iniciais, os tumores não costumam dar sintomas. O primeiro sinal é o aparecimento do nódulo em si, mas a evolução depende bastante do tipo de câncer. O folicular, por exemplo, cresce lentamente, enquanto o anaplásico se caracteriza pela rapidez.
Na maioria dos casos, a doença começa a acarretar tosse, rouquidão e dificuldade para engolir. Mas o ideal é não esperar isso acontecer.
Como é feito o tratamento do tumor?
O primeiro passo costuma ser a cirurgia de retirada parcial ou total da glândula e, eventualmente, dos linfonodos (gânglios) ao redor. Além disso, podem ser indicados tratamentos complementares, como a iodoterapia, que é feita via oral com iodo radioativo.
Para tumores mais avançados, há opções de quimioterapia e radioterapia.
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Hipo e hipertireoidismo: o que eles têm a ver?
A maioria das pessoas com esses distúrbios que ocasionam a redução ou aumento da produção de hormônios da tireoide não apresenta alterações anatômicas ali. Mas, durante a investigação, é frequente exames de ultrassom encontrarem presença de nódulos.
O hipotireoidismo é causado por essas massas anormais apenas em casos de bócio multinodular tóxico e adenoma tóxico, enquanto a propensão ao câncer na tireoide é maior entre portadores da tireoidite de Hashimoto, que leva ao hipertireoidismo.
Check-up da glândula
Fontes: Carolina Ferraz, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo (Sbem-SP); José Miguel Dora, endocrinologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Alice Zelmanowicz, oncologista e chefe do Serviço de Oncologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem); Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO)
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