Caracterizada pelo aumento da pressão arterial em gestantes com mais de 20 semanas, a pré-eclâmpsia acomete de 5 a 10% das futuras mamães e pode gerar sérias complicações à saúde delas e dos bebês. Ainda bem que, quando bem cuidado, o problema é contornável e geralmente desaparece nos primeiros três meses que sucedem o parto.
No entanto, um levantamento publicado no periódico cientifico Circulation: Quality and Outcomes sugere que a simples aparição do quadro indica um coração sobrecarregado. Depois de checar mais de 20 estudos, cientistas da Universidade de Keele, no Reino Unido, concluíram que mulheres já diagnosticadas com pré-eclâmpsia estão duas vezes mais propensas a infarto e doenças cardiovasculares e quatro vezes mais suscetíveis à insuficiência cardíaca. Ao todo, 6,5 milhões de voluntárias foram analisadas.
De modo geral, esse risco de um piripaque no peito começou a aumentar com cerca de um ano do nascimento do bebê, sendo maior ao longo da primeira década. “Por isso, é importante adotar um estilo de vida saudável e passar por um checkup regularmente, mesmo que a pressão volte ao normal”, disse a ginecologista e obstetra Pensee Wu, condutora do estudo, em comunicado à imprensa.