Também chamada de verruga plantar por aparecer com maior frequência na planta dos pés, a lesão popularmente conhecida como olho de peixe está relacionada à infecção por alguns subtipos do papilomavírus humano, o HPV.
O nome curioso vem da forma como a verruga se apresenta: ela é caracterizada por alguns pontos escuros internos, semelhantes aos olhos de um peixe. De maneira geral, a verruga em si não é preocupante, mas é preciso contar sempre com orientação médica, especialmente se você tem algum tipo de comprometimento imunológico.
Além disso, mesmo em casos sem gravidade, ela pode causar incômodos e dores, principalmente quando as lesões surgem em regiões de maior contato da planta dos pés, por conta da pressão ao caminhar.
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Como ocorre o olho de peixe
O olho de peixe é causado pelo vírus HPV, principalmente pelos subtipos 1, 4 e 63, que são bastante contagiosos. A transmissão pode ocorrer pelo contato direto com outra pessoa infectada, mas também indiretamente, pelo compartilhamento de objetos ou através de uma superfície contaminada.
O próprio ato de caminhar descalço pode ocasionar a transmissão do vírus, principalmente em ambientes como banheiros públicos, piscinas ou praias.
Vale destacar que, embora também seja um HPV, o subtipo responsável pelo olho de peixe não é o mesmo das verrugas genitais tradicionalmente associadas à infecção sexualmente transmissível do papilomavírus.
Embora o olho de peixe seja mais comum nos pés, as verrugas podem aparecer em outras partes do corpo, como nas mãos.
Sintomas
Na maioria das vezes, o olho de peixe se desenvolve em uma camada mais profunda da pele, principalmente quando surge na planta do pé.
A verruga plantar pode ser confundida com um calo, mas a lesão costuma causar dor e desconforto ao caminhar. Os principais sintomas do olho de peixe são:
- Leve protuberância ou verruga, com ou mais ponto escuros no centro, geralmente na planta do pé;
- Pele mais espessa e áspera na região lesionada;
- Dor e incômodo ao caminhar ou exercer pressão na área;
- Sensação de inchaço ou a impressão de haver uma pequena pedra na planta do pé;
- Crescimento ou surgimento de outras verrugas;
Tratamento do olho de peixe
Há várias possibilidades, incluindo a utilização de ácido salicílico e a crioterapia, que envolve a aplicação de nitrogênio líquido para “congelar” a lesão e eliminá-la. Também é possível remover a verruga através de laser ou por meio de cirurgias, dependendo do caso.
Um dermatologista deve avaliar as individualidades do caso para determinar a abordagem mais segura para aquela pessoa. Aliás, nem sempre é necessário qualquer tipo de tratamento, porque o olho de peixe costuma desaparecer sozinho em até dois anos.
No entanto, mesmo sem ter os mesmos riscos de outros subtipos do HPV, o olho de peixe ainda exige atenção em alguns casos. Pessoas imunocomprometidas precisam ter atenção redobrada, já que em casos muito raros a lesão pode sofrer mutações e redundar em um câncer de pele.
A vacina contra o HPV também pode ajudar em algumas situações. Embora ela seja destinada aos subtipos do vírus relacionados a problemas mais graves, como o câncer do colo do útero (ou seja, não é feita especificamente para o HPV que causa o olho de peixe), há relatos de casos de pacientes que tiveram uma melhora das verrugas após receberem o imunizante.