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“Peguei HPV. O que devo fazer para evitar o câncer e outros problemas?”

A prevenção segue como prioridade, mas como agir em caso de infecção por HPV? Saiba como é o tratamento e o acompanhamento, mesmo quando não há lesões

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 1 mar 2023, 14h18 - Publicado em 24 Maio 2021, 18h25

Pessoas não vacinadas e sexualmente ativas provavelmente entrarão em contato com o papilomavírus humano (HPV), uma infecção que pode causar verrugas genitais e tumores de colo do útero, vagina, ânus, vulva, pênis e orofaringe. Daí a importância de saber como proceder diante do quadro, mesmo se ele não manifestar sintomas.

Antes de tudo, é preciso pontuar a diferença entre ter o HPV no organismo e desenvolver as encrencas causadas por ele. Entre os mais de 100 tipos do vírus, apenas uma parte desencadeia verrugas e lesões, que podem ser benignas ou virar um câncer com o passar do tempo. E mesmo essas versões do agente infeccioso não geram efeitos em todas pessoas.

Cerca de 40 tipos de HPV atingem a região genital e pelo menos 13 são capazes de evoluir para um câncer, se não forem tratados.

“Nas mulheres, as lesões provocadas pela infecção são detectadas pelo exame físico e pelo Papanicolau. Por isso insistimos que todas elas façam essas avaliações assim que estiverem sexualmente ativas, ou a partir dos 25 anos”, orienta o ginecologista e obstetra Rodrigo Ferrarese, de São Paulo.

Se não houver alteração, o Ministério da Saúde recomenda repetir o Papanicolau a cada três anos. Já se algo anormal for flagrado, o médico vai lidar com a situação e repetir o exame anualmente.

Outra possibilidade é realizar o teste do HPV, que coleta material do colo do útero e acusa a presença do vírus em si, mesmo se ainda não houver uma lesão. Mas esse exame só deve ser feito em casos específicos.

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Os homens também estão suscetíveis a essa infecção sexualmente transmissível (IST). Para eles, o diagnóstico é feito através da observação do médico e de um exame chamado de peniscopia.

Como funciona o tratamento?

“Ele depende do tamanho, da extensão, da localização e do tipo de lesão”, diferencia Ferrarese. É possível remover as verrugas e lesões benignas com bisturi, ou com um laser que cauteriza o machucado. Também dá para aplicar cremes tópico. Tudo isso vale para homens e mulheres.

Já se a lesão surgir no colo de útero, o médico vai verificar o real risco de virar um câncer no futuro. Diante disso, ele pode optar por só manter um acompanhamento mais próximo ou remover a lesão com uma cirurgia. Dependendo do tamanho e da região afetada, o procedimento é feito no próprio consultório médico.

Atenção: muitas vezes o próprio organismo se livra do HPV. Mas quando isso não acontece, ele pode comprometer novas células. Isso significa que as lesões podem voltar — e nem sempre no mesmo local. Fique sempre de olho ao aparecimento de novas verrugas e siga as consultas de rotina.

E quando não aparece nenhuma lesão?

Se o HPV foi detectado mesmo sem provocar sintomas ou alterações, não há nenhum tratamento a adotar. Não existe um antiviral contra essa IST.

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No entanto, a pessoa fará exames e consultas com certa frequência para não deixar uma eventual lesão passar despercebida. Quanto antes esses problemas forem flagrados, maiores as chances de tratá-los a tempo de um tumor.

É necessário tomar a vacina mesmo depois de pegar HPV?

Felizmente, existe um imunizante contra essa IST, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Ferrarese explica que o ideal é receber as picadas antes do primeiro contato sexual para evitar o contágio, mas quem já pegou esse vírus ainda assim se beneficia das doses. “Elas evitam a recorrência de novas lesões e a evolução para quadros piores”, destaca Ferrarese.

Além disso, quem foi infectado por um tipo de HPV ainda assim pode ser invadido por outro. E a vacina protege contra diferentes cepas.

A versão gratuita no sistema público brasileiro é a quadrivalente, que resguarda contra os tipos 6, 11, 16 e 18, os maiores responsáveis pelo câncer de colo de útero e pelas verrugas genitais. Ela é aplicada dos 9 aos 14 anos em meninas, e dos 11 aos 14 em meninos. Indivíduos com imunossupressão têm direito ao imunizante por mais tempo — clique aqui e saiba mais.

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E qualquer pessoa de 9 a 45 anos pode tomar a vacina na rede privada. Há uma versão bivalente, contra os tipos 16 e 18, e uma nonavalente, contra os tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58.

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