PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Continua após publicidade

O que é e o que faz o cortisol?

Conhecido como hormônio do estresse, ele coordena várias respostas importantes do organismo. Mas pode bagunçar o corpo se estiver desregulado

Por Goretti Tenorio (texto), Laura Luduvig, Estúdio Coral e Rodrigo Damati (infográfico)
10 out 2024, 09h02
cortisol-o-que-e
Em excesso, o hormônio cortisol pode ser prejudicial ao organismo (Ilustração: Rodrigo Damati/Veja Saúde)
Continua após publicidade

O cortisol se tornou muito conhecido como “hormônio do estresse“. E de fato está envolvido na resposta do corpo a um momento de tensão. Mas não é só isso: sua atuação no organismo é bem ampla.

O problema é quando há desequilíbrios na produção.

Conheça mais sobre o cortisol a seguir:

1. Fabricação caseira

O cortisol é produzido naturalmente pelas glândulas adrenais, ou suprarrenais, localizadas acima de cada rim. Uma de suas funções é preparar o organismo para momentos de estresse físico ou emocional.

Diante de um perigo ou apreensão, uma glândula cerebral chamada hipófise aumenta os níveis do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que, por sua vez, estimula as adrenais a liberar cortisol em altas doses.

2. Em circulação

Ao ser lançado nos vasos sanguíneos, o hormônio percorre diversos caminhos, atravessando a membrana das células no trajeto.

Continua após a publicidade

Normalmente, ele tem potencial anti-inflamatório e cumpre funções como regular o metabolismo, o sistema imunológico, o ciclo de sono/vigília e a energia para enfrentar momentos pontuais de tensão.

Para quem vive sob estresse constante, porém, a produção exagerada poderá desencadear prejuízos à saúde.

cortisol-como-atua
Clique na imagem para ampliar (Infográfico: Goretti Tenorio, Laura Luduvig, Letícia Raposo e Rodrigo Damati/Veja Saúde)

3. Ação com reação

Em situações de estresse — por prazos a cumprir no trabalho, medos, desentendimentos ou perdas impactantes —, o cortisol, juntamente com a adrenalina, ativa o sistema nervoso, e o organismo promove uma reação conhecida como resposta de luta ou fuga.

Continua após a publicidade

Ocorre, então, o aumento da frequência cardíaca, do ritmo de respiração e da força muscular. Se esse estado persiste por longos períodos, o cortisol se mantém nas alturas.

+Leia também: Como diferenciar a ansiedade normal da patológica? Entenda o diagnóstico

4. Velozes e furiosos

Entre as mudanças fisiológicas provocadas pela alta concentração do cortisol estão a aceleração dos batimentos cardíacos, o aperto dos vasos sanguíneos e, consequentemente, a elevação da pressão arterial.

O excesso do hormônio favorece ainda, com o tempo, o acúmulo de gordura na região abdominal. Esse conjunto de fatores dispara, no longo prazo, o risco de doenças cardiovasculares e desfechos como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Continua após a publicidade

5. Estado de pane

Outro efeito do hormônio em abundância no organismo é a presença de mais glicose no sangue, o que abre caminho à instalação do diabetes. O quadro atrapalha também a absorção de cálcio e, com isso, dá margem para o desenvolvimento da osteoporose.

Isso sem contar que a ação no sistema nervoso pode provocar insônia e sensação de exaustão, e precipitar o aparecimento de doenças psiquiátricas, como ansiedade e depressão.

“Cara de cortisol”: isso existe?

Virou fenômeno nas redes: uma face arredondada supostamente pela descarga do hormônio. O rosto ligeiramente inchado pode até ser resultado de um momento mais agitado, mas esse efeito é quase imperceptível.

Depósitos de gordura nas laterais do rosto a ponto de chamar atenção aparecem com níveis altíssimos de cortisol, em distúrbios como a síndrome de Cushing.

Continua após a publicidade

Nomes parecidos, funções diferentes

cortisol-corticoide
Clique na imagem para ampliar (Editoria de arte VEJA SAÚDE/Veja Saúde)

Dúvidas comuns sobre cortisol

duvidas-comuns-cortisol
Clique na imagem para ampliar (Editoria de arte VEJA SAÚDE/Veja Saúde)

Fonte: Madson Almeida, endocrinologista, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e presidente do Departamento de Adrenal e Hipertensão da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) 

Clique aqui para entrar em nosso canal no WhatsApp
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.