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O que a hepatite C é capaz de provocar?

Três cientistas que descobriram o vírus por trás do ataque ao fígado levaram o Prêmio Nobel de Medicina de 2020. Nosso infográfico mostra como isso acontece

Por Diogo Sponchiato
Atualizado em 8 Maio 2023, 11h14 - Publicado em 26 nov 2020, 16h00
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  • No ano da Covid-19, outra infecção ganhou os holofotes com o anúncio do Prêmio Nobel de Medicina, a hepatite C. Os cientistas que descobriram o vírus que ataca o fígado receberam a distinção em 2020. A hepatite C é um problema de saúde pública: 180 milhões de pessoas estão infectadas no mundo hoje. Ela ainda é a principal causa de cirrose e transplante de fígado.

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    Conversamos com o hepatologista Tercio Genzini, da Unidade Vergueiro do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, para entender os meandros dessa doença — desde o contágio até os graves problemas no fígado. Visualize essa história.

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    A origem

    O vírus da hepatite C se vale do sangue (e, às vezes, de outras secreções) para invadir o corpo humano. Isso pode acontecer pela transfusão de material contaminado — algo difícil de ocorrer hoje devido às medidas de segurança —, pelo compartilhamento de seringas e outros instrumentos cortantes e em relações sexuais. Mais raramente, há transmissão da mãe ao bebê no parto.

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    (Infográfico: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)

    A atração

    Uma vez na corrente sanguínea, o vírus tem vocação nata para se dirigir às células do fígado, os hepatócitos, e infectá-los. Lá nesse órgão, ele se apodera das células, despejando seu material genético dentro delas. Ao utilizar nosso maquinário celular, o patógeno se multiplica e as cópias virais saem dali para infectar outros hepatócitos.

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    O ataque

    Ciente de que há algo errado no fígado, o organismo se defende liberando substâncias de ação antiviral e desatando um processo inflamatório. Só que, na maioria dos casos, a reação não dá conta. A inflamação local, somada à agressão e à replicação do vírus, leva à destruição progressiva dos hepatócitos — aliás, “hepatite” significa inflamação no fígado.

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    A falência

    O fígado é um dos órgãos mais resistentes do corpo. Ele pode receber porrada por um tempão sem pedir arrego ou manifestar sintomas. Quando os sinais da hepatite crônica aparecem (fadiga, inchaço abdominal, pele amarelada…), não raro o fígado está a caminho da bancarrota. Anos e anos de inflamação e destruição levam o tecido a perder suas características e funções. É a cirrose.

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    (Infográfico: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)

    Outro perigo

    Esse tempo todo de agressão ainda eleva o risco de células se multiplicarem desordenadamente, dando origem a um câncer de fígado, que pode avançar, se espalhar e levar o indivíduo ao colapso. Sem que o órgão possa trabalhar direito, funções importantes como a desintoxicação do corpo e a coagulação do sangue acabam prejudicadas.

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    O diagnóstico

    Faça o exame de sangue para rastrear o vírus da hepatite C se…

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    O tratamento

    A evolução nos medicamentos permite que hoje se fale na cura da doença.

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    Interferon
    O remédio injetável já foi mais usado, em associação com outros, para conter o vírus e a inflamação.

    Antivirais
    A primeira geração conseguiu melhorar o controle ao inibir uma proteína importante à replicação viral.

    Novos antivirais
    Os antivirais de ação direta revolucionaram a história: levam mais de 90% dos casos à remissão.

    Transplante
    É o último recurso, quando o caso está avançado ou o paciente não responde a remédios.

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