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O estranho caso da febre maculosa

Doença transmitida por carrapatos voltou a preocupar o país em junho. Saiba como se proteger

Por Larissa Beani
17 jul 2023, 16h58

A morte de quatro pessoas que compareceram a diferentes eventos em uma mesma fazenda em Campinas (SP) ganhou as manchetes em junho. Elas adoeceram de febre maculosa, infecção transmitida por carrapatos que infestavam o local das festas.

Na última década, mais de 2 mil casos da doença foram registrados pelo Ministério da Saúde — 62% deles no Sudeste. A região também concentra o maior número de mortes: 623 das 703 notificadas. Para prevenir surtos assim, é necessário o controle dos vetores.

+ Leia também: Quais são os sintomas da febre maculosa? Saiba como evoluem

“Os carrapatos do gênero Amblyomma são os principais transmissores, com destaque para o carrapato-estrela”, conta o veterinário Márcio Barboza, gerente técnico de pets na MSD Saúde Animal. “Em menor frequência, o carrapato-marrom, comum em cães, também pode ser um vetor”, prossegue.

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Sorrateiros, esses parasitas sobrevivem em diferentes ambientes (de matas a domicílios) e se alimentam do sangue de diversos animais, como capivaras, cavalos, bois, cachorros e seres humanos.

E pior: não disseminam apenas a febre maculosa, particularmente terrível para nossa espécie.

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Cidades paulistas com mais casos de febre maculosa registrados. Dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (Editoria de arte/SAÚDE é Vital)

A doença em detalhes

Causa
No Brasil, duas bactérias provocam febre maculosa — com quadros clínicos diferentes. A Rickettsia rickettsii está associada a casos graves e a R. parkeri, aos moderados.

Sintomas
Os primeiros sinais são febre alta, dor de cabeça e muscular. Depois, surgem manchas avermelhadas que dão nome à doença (maculosa vem de macula, latim para “mancha”).

+ Leia também: Vacina contra esquistossomose estará disponível no SUS em 2025

Tratamento
Os cuidados devem ser iniciados logo após o aparecimento desses sintomas, o que eleva as chances de cura. São usados antibióticos como doxiciclina e cloranfenicol.

Evolução e riscos
Caso o paciente não seja rapidamente tratado, ele pode apresentar hemorragia, gangrena, disfunção de vários órgãos e problemas neurológicos.

Manual de prevenção

O racional é manter-se livre do carrapato-estrela

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Traje a rigor
Em ambientes de risco, use roupas compridas e botas. Também é recomendado verificar a cada duas ou quatro horas se não há parasitas presos ao corpo. Fique de olho!

Fragrância
Guias oficiais orientam o uso de repelentes, mas há controvérsias em relação às concentrações do princípio ativo, que deveriam ser superiores às disponíveis no Brasil.

Tem um aqui!
Não use as mãos nem esprema o carrapato. “Retire-o com uma pinça fazendo um movimento rotacional”, ensina o infectologista Gerson Salvador, da USP. Isso reduz o risco de infecção.

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Proteja seu pet
Carrapatos transmitem febre maculosa e outras doenças aos cães (casos entre gatos são raros). O veterinário de confiança pode indicar o melhor produto para erradicar o parasita.

+ Leia também: Pulgas, carrapatos e pernilongos, por que eles são perigosos para os pets

Vetores de encrencas

Na natureza, os carrapatos podem ser infectados por diversos patógenos. Por isso, eles são os principais transmissores de enfermidades como a doença de Lyme, a babesiose e a erliquiose.

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“Esses aracnídeos estabelecem relações exclusivamente parasitárias com seus hospedeiros, ou seja, não há benefício algum ao animal infestado”, afirma Barboza.

Eles estão por trás de problemas que vão de coceira a febres fulminantes. Não à toa, é essencial manter os locais limpos para evitar infestações.

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