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Novo tratamento para doença rara no sangue é aprovado pela Anvisa

Composto iptacopana, de nome comercial Fabhalta, será comercializado com prescrição médica para cuidado da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN)

Por Lucas Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
30 jan 2025, 08h00
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Diagnóstico é realizado a partir de avaliação clínica, hemograma e exames de sangue mais complexos (Alex Silva/Veja Saúde)
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou neste mês o registro de um novo medicamento para o tratamento da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), uma doença rara no sangue.

O composto iptacopana, de nome comercial Fabhalta, é produzido pela Novartis. O fármaco, disponibilizado em cápsulas de 200mg, será comercializado somente com prescrição médica.

De acordo com a Anvisa, o produto teve indicação aprovada para terapia de pacientes adultos. Nos Estados Unidos, a utilização para os mesmos fins também é autorizada pela Food And Drug Administration (FDA).

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Sobre a doença

A hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) se forma nas células-tronco, devido a uma mutação genética. No entanto, as causas exatas do seu desenvolvimento permanecem desconhecidas.

A alteração leva à destruição dos glóbulos vermelhos, as células do sangue responsáveis por transportar o oxigênio no organismo. A mutação também induz o surgimento de plaquetas defeituosas, aumentando as chances da formação de coágulos e trombose. Há ainda um risco maior de hipertensão pulmonar e comprometimento da função renal, além de infecções devido à anemia.

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De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), o quadro pode ser silencioso e, quando presentes, os sintomas são fadiga, falta de ar, dor de cabeça, urina escura ou avermelhada, dor abdominal, dor torácica e trombose. As manifestações incluem ainda fraqueza, sonolência, cabelos e unhas fracas, enjoo e disfunção erétil masculina.

A doença atinge homens e mulheres, em geral, entre os 30 e 50 anos. A HPN tem incidência anual estimada em 1,3 novos casos por um milhão de indivíduos, de acordo com o Ministério da Saúde.

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Em um primeiro momento, a condição foi entendida como um fenômeno noturno, devido à presença de urina avermelhada pela manhã. Estudos revelaram, no entanto, que o problema é contínuo.

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O diagnóstico é realizado a partir de avaliação clínica, hemograma e exames de sangue mais complexos. O tratamento inclui diversas estratégias focadas em reduzir a baixa de glóbulos vermelhos, aplacar os sintomas, prevenir e manejar coágulos e complicações.

Em casos específicos, pode ser utilizado o transplante de medula óssea ou de células-tronco hematopoiéticas. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta o anticorpo monoclonal eculizumabe, que bloqueia a resposta inflamatória do organismo e a destruição das células sanguíneas. E também o ravulizumabe, com administração a cada oito semanas. Os pacientes também podem receber vacina para prevenção de doenças meningocócicas.

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