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Novo posicionamento explica o elo entre obesidade e câncer

O documento chama a atenção para a epidemia de excesso de peso registrada no Brasil

Por Ana Luísa Moraes
Atualizado em 14 fev 2020, 18h25 - Publicado em 4 ago 2017, 19h10
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  • Em 2017, a previsão é que 600 mil novos casos de câncer sejam diagnosticados entre os brasileiros. Desses, aproximadamente 78 mil são atribuídos ao sobrepeso e à obesidade, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação é tão séria que o Instituto Nacional de Câncer (Inca), decidiu aproveitar o Dia Nacional da Saúde para fazer uma declaração sobre o tema, que é tratado como prioridade em sua agenda.

    Infelizmente, essa preocupação não é exagerada. No ano de 1970, em torno de 24% da população adulta do país apresentava excesso de peso corporal. Já em 2012, a taxa avançou para 56,9% das pessoas acima de 18 anos, o que corresponde a 82 milhões de indivíduos – é muita gente.

    Curioso para saber de onde veio esse crescimento? O relatório coloca como principais culpados a prática insuficiente de atividade física e o elevado consumo de alimentos com alto teor de gordura saturada e trans, sal, e açúcar livre – ele é usado pela indústria nos alimentos e nas bebidas, adicionado pelo consumidores à preparação de receitas e está naturalmente em xaropes, mel e sucos.

     

     

    Uma dieta baseada em comidas processadas e fast food aumenta o risco de pelo menos 13 tipos de tumores: de esôfago, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama, ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo. A associação também é provável quando a doença se manifesta em próstata e mama (homens) e no linfoma difuso de grandes células B (o tipo mais comum de linfoma não Hodgkin).

    Por fim, o Inca diz apoiar intervenções já recomendadas pela OMS para a diminuição do problema (ou para evitar que ele tome dimensões ainda maiores). Intensificar os impostos sobre bebidas açucaradas, restringir o oferecimento de alimentos não saudáveis nas escolas, regular a publicidade infantil e deixar as informações mais explícitas e compreensíveis nos rótulos são algumas das interferências sugeridas pelos órgãos. Resta saber quando (e se) elas serão aplicadas.

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