Descontaço! Revista em Casa por R$ 9,90

Nobel de Medicina vai para descobertas que podem melhorar controle da dor

Os cientistas agraciados pelo prêmio esse ano elucidaram como se dá a interação entre sistema nervoso e estímulos como toque e temperatura

Por Redação Saúde
Atualizado em 5 out 2021, 10h20 - Publicado em 4 out 2021, 15h30
Ganhador do Prêmio Nobel de Medicina de 2021
David Julius, um dos ganhadores do Nobel de Medicina de 2021, em seu laboratório.  (Foto: Nobelprize.org / Steve Babuljak/Divulgação)
Continua após publicidade

Havia uma certa expectativa de que o Prêmio Nobel de Medicina de 2021 fosse para cientistas envolvidos no desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19. A honraria, contudo, acabou indo para os cientistas David Julius e Ardem Patapoutian, que identificaram os receptores específicos para temperatura e toque no corpo humano. 

Foram duas pesquisas diferentes, que ajudam a responder a mesma pergunta: afinal, como sentimos o mundo ao redor? 

Ora, sabemos que o sistema nervoso reage ao frio, calor e ao toque, mas a fisiologia por trás da coisa ainda era em parte desconhecida. Faltava entender como os estímulos externos eram traduzidos na linguagem dos nervos, os impulsos elétricos. Para o comitê do Prêmio Nobel, esse era “um dos grandes mistérios da humanidade”. 

Os estudos de Julius, professor da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos EUA, utilizaram a capsaicina, composto da pimenta que nos dá a falsa sensação de calor, para identificar uma proteína nas terminações nervosas da pele que responde a altas temperaturas, iniciando uma reação em cadeia. 

LEIA TAMBÉM: Quais brasileiros poderiam ter levado o Prêmio Nobel de Medicina?

Continua após a publicidade

Já Patapoutian, professor do Instituto de Pesquisa Scripps, também nos EUA, “cutucou” células isoladas em um tubo de ensaio, e encontrou, assim, receptores que reagiam à pressão externa. Esses receptores, existentes na pele e em outros órgãos, enviam sinais elétricos pelas terminações nervosas, que serão então interpretados pelo cérebro. 

No momento do anúncio do prêmio, Patapoutian estava com seu filho no quarto. O registro íntimo e descontraído está fazendo sucesso pelo mundo.

Adam patapoutian, vencedor do Nobel de Medicina 2021
O pesquisador Adam Patapoutian, um dos vencedores do Nobel de 2021, e seu filho, no momento do anúncio. (Foto: Nobelprize.org / Nancy Hong/Divulgação)
Continua após a publicidade

Em poucos anos, o trabalho de ambos deu origem a várias linhas de pesquisa promissoras. É que os dois caminhos encontrados são importantes para diversos processos corporais, como a reação a diferentes tipos de dor, aspectos da respiração e o controle da pressão arterial.

Ao conhecer melhor o funcionamento do sistema nervoso, podem surgir novos medicamentos, em especial para a dor crônica, condição cujo tratamento ainda é um desafio para a medicina. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.