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Encontrado forte elo entre dor crônica e ansiedade ou depressão

Os incômodos físicos, segundo uma nova pesquisa nacional, estão intimamente conectados com transtornos mentais. Por que será?

Por Ludmilla Souza (Agência Brasil)
Atualizado em 14 fev 2020, 18h25 - Publicado em 26 jul 2017, 18h35
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O forte elo entre dores crônicas e transtornos mentais intriga os cientistas (Foto: Gustavo Arrais/SAÚDE é Vital)
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Um estudo do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas de São Paulo traçou uma relação bidirecional entre ansiedade ou depressão e problemas crônicos, com destaque para as dores. O levantamento, baseado em questionários respondidos por 5 037 moradores da região metropolitana de São Paulo com 18 anos ou mais, mostra que os incômodos duradouros estavam presentes em 50% dos sujeitos com transtornos de humor (depressão ou bipolaridade, por exemplo) e em 45% dos ansiosos.

“É preciso reconhecer a comorbidade entre ansiedade e depressão e as dores crônicas”, diz a psiquiatra Laura Helena Andrade, coordenadora do Núcleo de Epidemiologia Psiquiátrica do IPq e uma das autoras do estudo. Dos cerca de 11 milhões de adultos da região metropolitana de São Paulo, 10%, sofreram com depressão nos últimos 12 meses. Já os transtornos de ansiedade acometem mais de 2,2 milhões de paulistanos – 990 mil também apresentam dor crônica.

Estudos anteriores já haviam mostrado de forma consistente a associação de doenças crônicas com transtornos de humor e ansiedade. Mas ainda não se sabe porque a relação especificamente com a dor é tão intensa. “Uma das hipóteses envolve questões comportamentais”, introduz Laura. “As pessoas ficam inativas quando têm depressão, o que promove dores. Por outro lado, a própria dor leva ao sedentarismo, o que aumenta a depressão”, argumenta.

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Além disso, a psiquiatra destaca que o estresse psicológico promove um estado inflamatório dentro do organismo. E isso pode desencadear desconfortos e mesmo outras encrencas físicas. Para ter ideia, 30% dos participantes ansiosos apresentavam males respiratórios e 10% sofriam com panes cardiovasculares. De acordo com a pesquisadora, ainda é preciso estudar mais a interação entre depressão, ansiedade e enfermidades crônicas.

Este conteúdo é o resumo de uma publicação originária da Agência Brasil.

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