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O que é glaucoma avançado, que levou Marrone a cirurgia de emergência

Cantor precisou passar por procedimento de urgência após diagnóstico, em ambos os olhos, de doença silenciosa que pode levar à cegueira

Por Maurício Brum
Atualizado em 19 jun 2024, 08h54 - Publicado em 19 jun 2024, 08h39
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Cirurgia é indicada para casos que não respondem a tratamento ou que são descobertos em fases mais tardias (Redes sociais/Reprodução)
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O cantor sertanejo Marrone, da dupla com Bruno, passou por uma cirurgia de emergência no último dia 17 de junho para tratar um glaucoma avançado. Aos 58 anos, o artista descobriu que tinha a doença nos dois olhos, exigindo uma intervenção urgente para evitar sequelas mais graves. A condição é a maior causa de cegueira irreversível no mundo.

O glaucoma é uma condição associada a uma pressão intraocular elevada, que causa uma degeneração progressiva do nervo óptico. Embora seja facilmente identificável com exames oftalmológicos de rotina, pode ser um problema traiçoeiro devido a sua evolução silenciosa: o glaucoma geralmente é indolor e passa anos sem abalar a visão.

Nessas situações, é possível que ele seja diagnosticado apenas em um estágio avançado, como ocorreu com Marrone, quando abordagens menos invasivas podem não ser suficientes para controlar a doença.

+Leia também: Alta na incidência de miopia pode aumentar casos de glaucoma

Como ocorre o diagnóstico do glaucoma

Marrone descobriu que tinha glaucoma em exames oftalmológicos de rotina. Mesmo quando não há suspeita do quadro, uma consulta normal inclui a medição da pressão ocular e a observação do fundo do olho, que dão indícios do glaucoma.

Caso esses exames rotineiros indiquem a presença da doença, outros testes complementares ajudam a confirmar a suspeita e a extensão do dano à visão e ao nervo óptico. Entre os testes que compõem o arsenal da oftalmologia nessa seara, estão a avaliação de campo visual e o exame de tomografia óptica, conhecido pela sigla em inglês OCT.

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A maioria dos casos de glaucoma está associado a predisposições genéticas, mas o problema também pode surgir após cirurgias oculares ou tratamentos com corticoides, além de outras doenças oculares e do sistema circulatório.

+ Leia também: Glaucoma: com os olhos sob pressão

Além da cirurgia, quais tratamentos existem para o glaucoma?

Quando identificado precocemente, o glaucoma costuma ser tratado com colírios específicos que ajudam a controlar a pressão do olho. Se essa abordagem é bem-sucedida, os danos ao nervo óptico podem ser interrompidos ou retardados. É importante seguir com um monitoramento periódico para avaliar a saúde ocular e se o tratamento está dando resultados.

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A cirurgia geralmente só é indicada quando os tratamentos mais conservadores começam a falhar ou para casos diagnosticados em estágio avançado, como o do integrante da dupla Bruno e Marrone. O glaucoma não tem cura, mas o procedimento busca aliviar a pressão e reduzir os riscos de perda da visão.

De olho no futuro, também estão em desenvolvimento lentes de contato “inteligentes”, capazes de avaliar a pressão intraocular em tempo real e liberar medicamento conforme as necessidades do paciente. No entanto, essa tecnologia ainda está a alguns anos de se tornar uma realidade acessível para a maioria das pessoas.

Outro quadro emergencial, glaucoma agudo causa sintomas rapidamente

Na grande maioria dos casos, o glaucoma é uma doença crônica de progressão lenta e assintomática. No entanto, existe outro quadro que pode causar uma emergência médica, com dor, visão que fica subitamente turva e inchaço dos olhos: é o glaucoma agudo ou glaucoma de ângulo fechado.

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Esse problema se desenvolve de forma repentina, quando algo bloqueia a saída de humor aquoso (um líquido que nutre as estruturas oculares e regula a pressão ocular).

Em alguns casos, o tratamento é feito com colírios. Mas, dependendo da gravidade, podem ser necessárias medicações intravenosas ou uma cirurgia de urgência.

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