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Genéricos, similares e medicamentos de referência: qual a diferença?

Genéricos já são quase 40% do mercado nacional, mas ainda geram dúvidas nos pacientes

Por Maurício Brum
19 ago 2024, 17h00
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Genéricos e similares são mais baratos por não trazerem embutidos os custos de pesquisa e desenvolvimento (Volodymyr Hryshchenko/Unsplash)
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Em 2024, a lei que criou os medicamentos genéricos no Brasil completou 25 anos. Responsáveis por baratear os custos de vários tratamentos de saúde, esses fármacos hoje correspondem a quase 40% do mercado nacional de remédios.

Apesar da popularidade e longevidade, muita gente ainda tem dúvidas na hora de entender a classificação. Afinal, existe alguma diferença entre os medicamentos de referência e os genéricos? E onde entram os chamados similares?

Tanto genéricos quanto similares são mais baratos do que os medicamentos de referência, pois não trazem embutidos os custos de pesquisa e desenvolvimento para colocar um produto novo no mercado. Mas algumas distinções existem. Saiba mais sobre essas diferentes categorias.

+Leia também: Lei dos Genéricos: o que mudou para os brasileiros?

Medicamentos de referência

São os remédios “de marca”, nos quais tanto os genéricos quanto os similares se baseiam. Eles podem ser comercializados com nome fantasia e, quando são novos no mercado, podem ainda não ter uma alternativa mais barata.

Por esse motivo, a Anvisa também os define como produtos “inovadores”.  Depois de 20 anos, a patente expira e o remédio pode ser produzido por outras empresas.

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Genéricos

Quando a patente de um medicamento de referência expira, outros laboratórios podem produzir versões genéricas daquele fármaco. Esses remédios são “cópias exatas” e utilizam o mesmo princípio ativo, método de administração e dosagem daqueles nos quais são inspirados.

Os genéricos devem comprovar sua segurança e eficácia do mesmo modo que os remédios de marca.

Em relação à comercialização, precisam seguir duas regras básicas: não podem ter nome fantasia, listando na embalagem somente o princípio ativo (por exemplo, “paracetamol” e não “Tylenol”), e precisam ser identificados pela tarja amarela com o G que indica os genéricos para o consumidor.

Similares

Essa é a classificação que mais gera confusão nos consumidores. Os medicamentos similares também seguem os remédios de referência no que diz respeito aos princípios ativos, dosagem e comprovações de eficácia e segurança. Pode haver algumas diferenças na forma de apresentação e na duração em prateleira (data de validade).

De forma leiga, um similar poderia ser definido como um “genérico com marca”, porque esses medicamentos são vendidos com nomes comerciais. Mas é preciso atenção: enquanto os genéricos são considerados intercambiáveis com os remédios de referência (podem substituí-los), isso ainda não é verdade para todos os similares.

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Alguns ainda aguardam avaliação da Anvisa. A agência regulatória disponibiliza uma página para verificar se o similar que você está adquirindo é intercambiável – clique aqui para saber como usar.

Como saber qual remédio é mais indicado para o meu caso?

Tanto genéricos quanto similares sigam rígidas normas para garantir sua segurança e efetividade na comparação com os remédios de referência. Mas, em alguns casos, seu problema de saúde pode ser mais bem atendido por fármacos que ainda não têm opções mais baratas no mercado.

É importante discutir com seu médico de confiança sobre as opções disponíveis antes de iniciar qualquer tratamento.

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