Família de menino que teve pernas amputadas por complicações de gripe faz campanha por vacinas
Em 2022, Kaden Stevenson teve ambas as pernas amputadas por complicação de gripe. Agora, sua família luta pela conscientização por vacinas
Kaden Stevenson, um menino de Michigan, Estados Unidos, tinha sete anos em 2022, quando começou a apresentar sintomas de que estava doente. A mãe acreditou que era apenas um resfriado ou virose comum. Quatro dias depois, o quadro piorou. Além de dores na perna, ele tinha uma reação por toda a pele. Depois de passar por dois prontos-socorros, a família recebeu o diagnóstico de influenza A e infecção estreptocócica.
A gripe causou complicações que levaram a um choque tóxico. Kaden entrou em quadro de sepse e seus órgãos começaram a falhar. A infecção se espalhou pela corrente sanguínea, e as duas pernas de Kaden tiveram de ser amputadas.
Hoje, Kaden tem 10 anos. Sua mãe, Michele Stevenson, agora integra o conselho diretor da organização estadunidense Families Fighting Flu (em tradução livre, Famílias Lutando contra a Gripe). A proposta é aumentar a conscientização quanto à imunização contra a gripe e outras doenças. Kaden também inspirou o livro em quadrinhos “Kaden Blaze Fights Flu Bug”, que trata do mesmo assunto.
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Gripe pode causar complicações graves
Costumamos enquadrar quaisquer sintomas respiratórios como “gripe”, mas não é bem assim. A gripe é uma infecção aguda, causada pelo vírus influenza. Sintomas como febre, dor de garganta, tosse, dor de cabeça e dores no corpo aparecem.
Crianças ainda podem ter bronquite, bronquiolite e sintomas gastrointestinais.
A doença parece corriqueira, mas não é. A gripe pode evoluir e causar complicações graves. Pneumonia, sinusite e otite são algumas delas. Pessoas com doenças crônicas, crianças, idosos e gestantes têm ainda mais riscos de desenvolver um quadro grave.
O vírus da influenza pode deixar o corpo vulnerável e abrir caminho para outros micróbios oportunistas, como as bactérias. Elas, por sua vez, podem desencadear pneumonias bacterianas e outras infecções pelo corpo. Foi o caso de Kaden: a contaminação pela influenza A levou a uma infecção bacteriana, que gerou sepse e comprometeu as pernas do menino.
Além de medidas de higiene, como lavar bem as mãos, usar máscaras e evitar ter contato com pessoas com gripe, a principal forma de evitar a gripe é a vacinação.
Taxas de vacinação caem nos Estados Unidos
Uma investigação da NBC em parceria com a Universidade de Stanford apontou que, na maior parte dos Estados Unidos, as taxas de imunização na infância estão em declínio.
Desde 2019, 77% dos condados americanos apresentam queda nas taxas de vacinação em crianças. Entre os estados que coletam dados quanto à tríplice-viral, que proteje do sarambo, da caxumba e da rubéola, 67% têm taxas de imunização menores do que 95% da população, que representa o nível necessário para manter a segurança coletiva contra surtos.
Os dados são alarmantes. A queda na imunização abre caminho para que doenças já erradicadas retornem.
Quanto à vacinação contra a gripe, o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americano registrou 35,8% das crianças imunizadas neste ano. Os números são similares para os adultos: 39% receberam uma dose contra a gripe. Dos beneficiários do Medicare americano com mais de 65 anos, 12,7% haviam se vacinado.
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