Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Exame de sangue moderno prevê novo câncer na mama, diz estudo

Além de facilitar o acompanhamento da doença, a tecnologia evitaria que algumas mulheres tomassem remédio por mais tempo do que o necessário

Por Giovana Feix
Atualizado em 12 fev 2020, 10h32 - Publicado em 12 dez 2017, 14h33
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Um estudo americano indica que, no futuro, uma nova tecnologia pode facilitar (e muito) a vida de pacientes que já superaram um câncer de mama. Por meio de um simples exame de sangue, será possível antever o surgimento de um segundo tumor na região – e, assim, realizar o tratamento apropriado antes de isso acontecer.

    Segundo o artigo, o teste deverá ser feito cinco anos após o diagnóstico da doença. Líder da pesquisa, o médico Joseph Sparano, do Centro para Cuidado do Câncer Montefiore Einstein (EUA) afirma que, se o resultado da nova avaliação for negativo, as chances de não ter um novo câncer de mama nos próximos dois anos são de impressionantes 98%. Isso é importantíssimo, uma vez que mulheres que já foram flagradas com esse mal uma vez possuem um risco maior de voltar a sofrer com ele.

    O exame foi batizado de CellSearch, e procura por células cancerosas espalhadas no sangue. Ele até já está disponível nos Estados Unidos, mas sua real eficácia era questionável pela ausência de evidências científicas. Essa pesquisa, ao que parece, vai dar mais força ao teste – e estimular mais experimentos com ele.

    O estudo em si

    Foram incluídas no trabalho 547 mulheres que, cinco anos antes, passaram por cirurgia e quimioterapia para vencer um câncer de mama. Cerca de 66% delas, aliás, vinham tomando desde então bloqueadores de hormônios femininos (a chamada hormonioterapia). Trata-se de uma estratégia comum nos casos em que o tumor é estimulado pelo estrogênio.

    A partir daí, elas fizeram o tal exame de sangue e foram acompanhadas por mais dois anos. Conclusão: quando a avaliação acusava a presença de células de câncer no sangue, a probabilidade de um tumor de mama reaparecer nesses período era 22 vezes maior!

    Continua após a publicidade

    Só tem um porém: mesmo se o resultado era positivo (ou seja, apontava unidades cancerosas na circulação), 65% das mulheres acabaram não tendo um novo tumor. De acordo com Sparano, no entanto, isso não inviabiliza o exame. “Não acompanhamos as pacientes por tempo suficiente”, disse, em entrevista ao New York Times. Em outras palavras, é possível que esse segundo câncer de mama se desenvolvesse após dois anos.

    Outra ponderação importante é a de que a tecnologia analisada não consegue identificar o risco de um novo câncer em mulheres cuja doença não fora causada pelo estrogênio.

    Como esse exame pode ajudar

    Atualmente, recomendações internacionais pedem para considerar o uso da hormonioterapia por até dez anos após o surgimento do câncer de mama sensível ao estrogênio. O problema é que essas drogas trazem efeitos colaterais indesejáveis (parecidos com os da menopausa).

    Continua após a publicidade

    Portanto, se esse exame indicasse um baixo risco de a doença voltar a surgir, a mulher poderia abreviar a necessidade de bloqueadores de hormônio para, por exemplo, cinco anos. Fora que ele auxiliaria no acompanhamento da própria enfermidade sem exigir procedimentos invasivos ou avaliações de imagem.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.