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Enchentes aumentam risco de doenças; quais os sintomas e cuidados

O ideal é evitar contato com a água contaminada em alagamentos, mas médicos alertam sobre a importância de ficar atento aos sintomas como febre e diarreia

Por Úrsula Neves, da Agência Einstein*
9 fev 2024, 08h19

No verão, há um aumento do risco de infecções por causa dos alagamentos provocados pelas fortes chuvas, especialmente nas grandes metrópoles. As pessoas que moram ou passam por pontos de enchentes devem evitar o contato direto com a água que, muitas vezes, pode estar contaminada.

Os médicos explicam que há risco de diversas enfermidades que, se não tratadas, podem até levar à morte. “O lixo e a água contaminada com dejetos humanos e de animais facilitam a proliferação de casos como a leptospirose”, exemplifica o clínico geral, imunologista e microbiologista Rafael Silva Duarte, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Além do aumento de casos de leptospirose – transmitida pela urina de animais infectados, como ratos –, Duarte destaca gastroenterites diversas, incluindo:

  • Cólera
  • Hepatites virais
  • Febre tifoide
  • Dengue
  • Malária
  • Esquistossomose
  • Toxoplasmose
  • Micoses

Por isso é importante evitar o contato com a água das enchentes. Isso vale principalmente para as pessoas que moram em áreas com pouco ou nenhum saneamento básico, onde a água é especialmente suscetível a micróbios.

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“Pessoas que frequentam praias não devem nadar em trechos onde o mar se encontra com o rio, principalmente após fortes chuvas e alagamentos, porque há risco dessa água estar contaminada com urina e fezes de ratos”, alerta o infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

+Leia também: Dengue: calor, chuva e outro sorotipo criam cenário ideal para a doença

Cuidados com a higienização após enchente

Com o recuo da água após a enchente, é importante o cuidado com a manipulação de objetos e alimentos e com a limpeza dos ambientes atingidos. Para limpar os pertences, é importante proteger as mãos com luvas de borracha e, nos pés, usar sacos plásticos duplos ou botas.

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Outra medida essencial é jogar fora alimentos, insumos ou qualquer produto de consumo que esteve em contato com a água, mesmo os embalados.

Duarte explica que os utensílios devem ficar de molho em solução desinfetante por, no mínimo, uma hora. A receita é diluir um copo (200 ml) de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) em quatro copos de água (800 ml).

“Para a melhor limpeza das paredes, pisos, móveis, pisos e interior dos carros, remova a lama com água e sabão e, em seguida, limpe com pano imerso em solução desinfetante”, orienta o médico.

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Qual a fórmula dessa solução desinfetante? Um copo (200ml) de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) para um balde de 20 litros de água”

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Sintomas suspeitos de contágio após contato com enchentes

As pessoas devem ficar atentas a sinais como febre, náuseas, vômitos, dor muscular e de cabeça, diarreia ou outras manifestações não usuais. Se for o caso, deve-se procurar atendimento e relatar o histórico de contato com águas de enchentes.

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A infectologista Emy Akiyama Gouveia, que atua no Hospital Israelita Albert Einstein, explica que os sintomas da leptospirose são vários, como febre, dor de cabeça e no corpo (principalmente nas panturrilhas), náuseas, vômitos, olhos avermelhados e pele e olhos amarelados (icterícia). Esses sintomas podem surgir depois de vários dias do contato com a água contaminada.

“Quando a pele ferida ou mucosa é contaminada com a bactéria da leptospirose, os sintomas podem aparecer até 30 dias após o contato. Mas, em média, surgem entre sete e 14 dias após a exposição”, explica.

A infectologista ainda alerta que indivíduos que tiveram contato com água de enchentes não devem se automedicar, mas, sim, procurar ajuda médica ao notar qualquer um dos sintomas.

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O uso de antibióticos sem prescrição pode mascarar, adiar e prejudicar o tratamento de infecções”, alerta Gouveia.
Outra orientação dos especialistas é estar com a vacinação em dia, principalmente, para hepatite A, dengue, rotavírus e febre tifoide.

*Este conteúdo foi produzido pela Agência Einstein

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