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Doença renal crônica: o que é e como é o tratamento

Entenda o diagnóstico e as opções para prolongar a vida de pessoas nessa condição

Por Flávia Gonçalves, nefrologista da Brazil Health*
15 fev 2025, 07h37
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Rins são responsáveis por boa parte do equilíbrio da química interna do organismo humano (Ilustração: Freepik/Divulgação)
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A doença renal crônica (DRC) é uma condição progressiva e silenciosa, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela é caracterizada pela perda gradual da capacidade de filtração dos rins e pelo comprometimento de suas funções, que incluem filtrar resíduos, regular a pressão arterial, manter o equilíbrio de líquidos e eletrólitos e produzir hormônios essenciais.

Quando essa função se perde, mesmo que ao longo de muitos anos, a vida do paciente pode ser profundamente impactada, tornando-se necessário um acompanhamento rigoroso para controlar a progressão da doença e, em casos mais graves, intervenções terapêuticas complexas que substituem a função dos rins gravemente comprometidos.

Vamos entender a seguir um pouco mais sobre ela.

+Leia também: Salve seus rins: como prevenir e controlar a doença renal crônica

Diagnóstico e principais causas

A DRC se desenvolve de forma insidiosa, com poucos sintomas, o que dificulta o diagnóstico precoce. Ela é definida pela presença de lesão nos rins ou diminuição da função renal por um período superior a três meses, evidenciada por exames laboratoriais, como a medição da creatinina no sangue e a taxa de filtração glomerular (TFG).

As principais causas da doença renal crônica são:

Sintomas de doença renal crônica

À medida que a doença progride, o paciente pode apresentar sintomas, como:

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  • Cansaço
  • Inchaço nas pernas
  • Dificuldade para respirar
  • Náuseas
  • Alterações urinárias

Esses sinais indicam que os rins não estão mais conseguindo desempenhar suas funções básicas e vitais.

+Leia também: Gerenciar a pressão alta é fundamental para a saúde dos rins

Estágios da DRC

A DRC é classificada em cinco estágios, do 1 ao 5. O primeiro representa uma forma mais leve, com função renal preservada, o último uma versão mais grave, caracterizada pela falência renal.

Quando a taxa de filtração glomerular (TFG) atinge menos de 15 ml/min/1,73m², o paciente entra em insuficiência renal terminal, momento em que as alternativas de tratamento, como a diálise ou o transplante renal, podem tornar-se necessárias.

DRC tem cura?

Não é possível reverter os danos nos rins, mas é possível retardar a progressão da doença.

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É fundamental que o paciente siga orientações para controlar fatores como pressão arterial, nível de glicose e a alimentação, além do uso correto de medicamentos. 

Mudanças no estilo de vida, como o abandono do tabagismo, prática regular de atividades físicas, controle do peso são essenciais para melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade do paciente.

Opções de tratamento para pacientes em estágio avançado

Para pacientes com DRC avançada, existem três abordagens terapêuticas que podem melhorar a qualidade e a expectativa de vida.

Hemodiálise

A hemodiálise é um tratamento que utiliza uma máquina para filtrar substâncias tóxicas e o excesso de líquidos do sangue, substituindo as funções dos rins.

O tratamento é realizado regularmente, geralmente 12 horas por semana, em diversas escalas possíveis. Objetiva manter o equilíbrio dos eletrólitos e líquidos e controlar a pressão arterial.

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Diálise peritoneal

A diálise peritoneal é um processo que utiliza a membrana peritoneal do paciente para filtrar os resíduos do sangue. Pode ser realizada em casa, mas requer cuidados diários e monitoramento médico constante.

Transplante renal

Com um transplante renal bem-sucedido, o paciente pode ter uma vida praticamente normal, já que o rim transplantado assume as funções dos rins comprometidos.

No entanto, ainda se trata de um tratamento, e não de uma cura. É necessário o uso de medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição do órgão transplantado.

Conclusão

A doença renal crônica é uma condição grave, mas que pode ser prevenida ou acompanhada de maneira eficaz, quando diagnosticada precocemente.

O acompanhamento médico constante e a adesão a terapias farmacológicas e não farmacológicas são fundamentais. Em casos avançados, tratamentos garantem a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes.

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A prevenção da DRC é crucial

Devemos estimular e adotar hábitos saudáveis e manter um acompanhamento médico regular, especialmente em pessoas com fatores de risco, como hipertensão, obesidade e diabetes.

O avanço da medicina e das terapias de substituição renal trazem novas esperanças para os pacientes em estágio terminal, mas a prevenção ainda é a chave para uma vida mais longa e saudável.

*Flávia Gonçalves, nefrologista do Hospital Sírio-Libanês

(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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