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Disenteria: o que é, quais são os sintomas e tratamentos

Diferenciado pela presença de sangue e muco nas fezes, esse quadro clínico, que pode ser fatal, é mais frequente em regiões com saneamento básico precário

Por Luana Pazutti
30 nov 2024, 08h00
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Presença de sangue nas fezes é sinal de que não se trata de uma diarreia comum (Freepik/Freepik)
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Também conhecida como diarreia sanguinolenta, a disenteria é uma infecção gastrointestinal que provoca episódios diarreicos frequentes. Além de náuseas, vômitos e dores corporais, esse quadro é caracterizado pela presença de sangue e muco nas fezes.

A condição costuma ser causada por vírus, vermes ou bactérias, mas também pode ser desencadeada pela irritação química do intestino. Na maioria das vezes, o tratamento é simples, entretanto, ela pode ser fatal se não for gerenciada adequadamente.

O que é disenteria?

A disenteria é uma doença gastrointestinal que causa diarreia excessiva, nos quais as fezes são aquosas e acompanhadas de sangue. Apesar de ser frequentemente confundida com uma simples diarreia, ela é muito mais intensa.

Há dois tipos mais comuns de disenteria: a amebiana e a bacteriana. A primeira costuma ser causada por um parasita unicelular chamado Entamoeba histolytica.

Já a bacteriana ou bacilar, que é a mais comum, geralmente provém da contaminação pela bactéria Shigella. Os micro-organismos Salmonella, Campylobacter ou Escherichia coli também podem desencadear a condição.

+Leia também: Salmonella: quais são os sintomas da infecção pela bactéria?

Quais são os sintomas da disenteria?

Os sintomas variam um pouco de acordo com a causa da doença. Embora possa ser assintomática, a disenteria amebiana provoca diarreia com sangue e muco, náuseas, vômitos, dores abdominais e perda de apetite.

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Além da diarreia excessiva, que costuma ser líquida e sanguinolenta, a disenteria bacteriana, por sua vez, causa febre alta, cólica e dor de cabeça. Seus sinais iniciais geralmente aparecem no primeiro ou segundo dia após a infecção e se estendem por três a sete dias.

Caso não sejam tratadas adequadamente, ambas tendem a acarretar complicações graves, como a desidratação, que pode ser fatal. Inflamação extrema, dilatação do intestino grosso e doença renal aguda são outras possíveis consequências.

O que causa a disenteria?

A disenteria é provocada por infecções por microrganismos ou vermes. A transmissão ocorre quando há contato (mesmo indireto) com as fezes de uma pessoa infectada pela doença.

A ingestão de alimentos preparados sem a higienização adequada das mãos e o consumo de líquidos contaminados são as principais causas da condição, que é mais comum em lugares com saneamento básico precário. Relações sexuais, principalmente por via anal, também podem favorecer o contágio, assim como nadar em água infectada.

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Quadros de disenteria também podem ser desencadeados por doenças não infecciosas, como síndrome do intestino irritável, intolerâncias alimentares severas, doença de Crohn e colites ulcerosas.

Como é o tratamento para a disenteria?

O tratamento deve ser iniciado assim que houver a confirmação do diagnóstico. Na maioria das vezes, isso é feito por meio da avaliação clínica e da testagem laboratorial das fezes. O médico pode solicitar também uma sigmoidoscopia para descartar outras hipóteses.

Após a confirmação da doença, o próximo passo é tomar bastante água para repor os líquidos que foram perdidos. Em alguns casos, pode ser necessário realizar a reposição de fluidos por via intravenosa, que deve ser feita somente com acompanhamento médico.

A disenteria amebiana geralmente é tratada por meio de medicamentos para eliminar a infecção parasitária. Em casos raros, a doença desencadeia complicações, que podem demandar intervenções cirúrgicas.

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Embora possa se curar naturalmente, a disenteria bacteriana pode ser gerenciada com antibióticos, dependendo da gravidade dos sintomas. Quando há sangue nas fezes, a indicação é não utilizar antidiarreicos.

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