Calcula-se que um em cada três paulistanos tenha algum grau de apneia do sono, distúrbio por trás de interrupções na respiração à noite e capaz de desencadear de sonolência diurna a piripaques cardíacos.
O problema é que grande parte desses casos passa batido, pois o exame que faz o diagnóstico, a polissonografia, é trabalhoso e desconfortável. Mas um novo dispositivo, criado por uma startup brasileira, promete driblar as dificuldades. Trata-se do Biologix, espécie de oxímetro de alta precisão, que fica conectado na ponta do dedo colhendo diversos dados durante o sono.
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“Exames domiciliares para apneia já existiam, mas esse se destaca pela capacidade de monitorar de um jeito simples diversos parâmetros, inclusive o ronco, com o microfone do celular”, explica Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (InCor), que testou com sucesso o dispositivo em cerca de 300 pacientes.
Na ponta do dedo
O sensor de alta tecnologia é capaz de identificar mais fácil a apneia
A polissonografia: No exame convencional, seja em casa, seja na clínica, o indivíduo precisa dormir com uma série de eletrodos grudados no corpo, conectados a monitores.
O novo teste: Ele mede oxigenação, frequência cardíaca, ruídos e movimentação durante o sono, e envia os dados para o celular. Um aplicativo gera laudos instantâneos.