Na contramão da crise que atinge diversos setores, um levantamento divulgado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) aponta que essas operações seguem de vento em popa no nosso país. Em comparação ao ano de 2014, quando o último documento foi publicado, as intervenções para fins reconstrutores ou puramente estéticos avançaram 23% e 8%, respectivamente.
Outro destaque do censo 2016 da SBCP é o crescimento da busca por alternativas menos invasivas, como a aplicação de toxina botulínica (botox) e preenchimentos em geral. Esse tipo de intervenção aumentou incríveis 390% em dois anos, representando 47,5% dos procedimentos. Em 2014, o percentual não passava de 17,4%.
Implante de silicone nos seios, lipoaspiração, abdominoplastia, mastopexia (cirurgia para levantar os peitos) e mamoplastia redutora encabeçam, nessa ordem, a lista de intervenções estéticas que mais fazem sucesso nos consultórios. Já no ranking das cirurgias reconstrutoras aparecem, nas três primeiras colocações, a para corrigir traços do câncer de pele, a pós-bariátrica (para retirar o excesso de pele) e a reconstrução mamária.
Em comunicado à imprensa, Luciano Chaves, presidente da SBCP, ressaltou a importância de procurar profissionais capacitados, seja qual for a finalidade. “Há cerca de 12 mil pessoas sem qualificação realizando cirurgias plásticas no Brasil, o que coloca seus pacientes em risco de deformidades, erros irreversíveis e até morte”, alerta.
A pesquisa foi feita com dados de 1 218 membros da SBCP. As projeções foram calculadas estatisticamente, levando em consideração o número atual de associados à entidade.