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Caso Dr Bumbum: médicos citam tendência perigosa após morte em cirurgia

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica ressalta que o óbito da bancária Lilian Calixto é parte de uma “invasão” de não especialistas nessa área médica

Por Da Redação
Atualizado em 8 nov 2019, 11h07 - Publicado em 17 jul 2018, 15h34

Está em todo noticiário: a bancária Lilian Calixto morreu no último fim de semana após complicações de uma cirurgia estética, realizada pelo médico Denis Cesar Barros Furtado – conhecido como Dr. Bumbum – em uma residência no Rio de Janeiro. A repercussão foi tanta que obrigou a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) a se manifestar sobre o assunto. E o comunicado da entidade traz lições importantes. Vamos a elas:

1) “O médico realizou o procedimento em sua residência, o que é proibido”, destaca a nota.

Um ambiente residencial dificilmente oferece a infraestrutura necessária para uma cirurgia bem-feita e, acima de tudo, segura. Complicações que poderiam ser contornadas rapidamente em um hospital se agravam rapidamente em um local despreparado. Não há motivo que justifique se submeter a um risco desses.

Não há motivo que justifique se submeter a esse risco.

2) “A crescente invasão da especialidade por não especialistas tem promovido cada vez mais casos de insucesso e fatais como este”

Denis Furtado não é, nem de perto, especializado em cirurgia plástica. E cirurgiões plásticos passam por anos de formação e especialização, o que confere tanto melhores resultados como minimiza a possibilidade de eventos adversos. No entanto, o interesse natural pelos procedimentos estéticos acabou fazendo com que pessoas sem treinamento adequado oferecessem as mais variadas soluções. Há polêmicas envolvendo a bichectomia e por aí vai.

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Um recado: caso você tenha interesse em mudar alguma coisa no seu corpo, não siga modas. Converse com um profissional especializado para que, juntos, tracem o melhor percurso.

3) “A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica tem alertado reiteradamente a população sobre os riscos dos procedimentos que envolvem PMMA”

PMMA é a sigla para polimetilmetacrilato, um tipo de plástico empregado em certas cirurgias estéticas para preencher áreas do corpo. Esse teria sido o material usado em Lilian Calixto pelo Dr. Bumbum.

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A questão é que o tal PMMA só deveria ser utilizado em indicações muito específicas, e em locais de bastante confiança, uma vez que a qualidade de várias versões disponíveis no mercado é questionável. Além disso, empregar esse plástico em grandes áreas, como nas nádegas, é uma técnica ainda mais controversa, justamente devido ao risco de complicações.

4) “A SBCP disponibiliza em seu site, Facebook, e-mail ou telefone, uma consulta para saber se o médico é ou não credenciado para realizar uma cirurgia plástica”

Não pesquise por profissionais no Instagram ou em qualquer outra rede social – por mais famoso que ele seja. Ao procurar por médicos, busque fontes de qualidade. A SBCP tem inclusive um serviço em que dá para consultar quais especialistas realmente estão habilitados.

Confira, a seguir, o comunicado da SBCP na íntegra:

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SBCP lamenta morte de paciente que fez procedimento estético com médico não especialista e em local inadequado em cirurgia plástica

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) lamenta por mais um óbito de paciente que realizou um procedimento estético com um não especialista e em local inadequado. A bancária Lilian Calixto, 46 anos, morreu no último domingo, 15, após complicações de um tratamento estético. Além de não ter formação em cirurgia plástica, o médico realizou o procedimento em sua residência, o que é proibido.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica repudia e reprova procedimentos médicos na área, realizados por não especialistas, e sobretudo nestes moldes. A crescente invasão da especialidade por não especialistas tem promovido cada vez mais casos de insucesso e fatais como este.

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A SBCP disponibiliza em seu site, Facebook, e-mail ou telefone, uma consulta para saber se o médico é ou não credenciado pela Sociedade para realizar uma cirurgia plástica.

A formação do cirurgião plástico é diferenciada, uma vez uma vez que ele deve obrigatoriamente, após os 6 anos da graduação em medicina, passar pela formação de cirurgião geral (2 anos) antes de cumprir mais 3 anos em cirurgia plástica, somando no mínimo 11 anos de formação.

Além disso, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica tem alertado reiteradamente a população sobre os riscos dos procedimentos que envolvem PMMA. A SBCP aguarda por decisões judiciais que possam definitivamente impedir que profissionais médicos e não médicos sem especialização em cirurgia plástica realizem procedimentos sem qualificação.

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DIRETORIA EXECUTIVA

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA

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