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Controle da glicemia sem picadas estimula maior controle do diabetes

Uma tecnologia que mede o nível de glicose com um sensor na pele está ajudando pacientes a manejar melhor essa doença na vida real, segundo estudos

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 18 fev 2019, 12h16 - Publicado em 17 jul 2018, 19h44
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  • Desde seu lançamento, o equipamento FreeStyle Libre, da farmacêutica Abbott, destacou-se por dispensar a necessidade de picar o dedo para controlar a glicose de pacientes com diabetes. Sua tecnologia, que permite medir o açúcar no organismo passando um leitor por cima de um pequeno sensor no braço, foi corroborada por estudos controlados e já é utilizada por 650 mil pessoas no mundo. Mas e aí: como esse pessoal está lidando agora com a doença?

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    “Uma coisa é comprovar a eficiência de um teste em pesquisas controladas, com pacientes acompanhados de perto pelos profissionais. Outra é avaliar seu uso no dia a dia, com todos os desafios da vida”, compara o endocrinologista Luís Eduardo Calliari, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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    Eis que, no 78º congresso da Sociedade Americana de Diabetes, foram apresentados estudos que visam justamente responder aquela pergunta. A partir de dados de mais de 250 mil leitores do FreeStyle Libre – a maioria vindos da Europa –, notou-se que os usuários passaram, em média, a mensurar a própria glicemia 13 vezes ao dia.

    “É uma média muito superior à observada com os métodos tradicionais, em que o paciente faz um pequeno furo no dedo, coloca uma gota de sangue em uma fitinha e então a insere em um aparelho”, diferencia Calliari.

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    Mais: o número de vezes em que um indivíduo checa seus níveis de glicose foi diretamente relacionado ao melhor controle do diabetes. Dito de outra forma, quanto mais medições, maior a probabilidade de se manter dentro de índices considerados normais e menor o risco de hipoglicemia.

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    Calliari inclusive conduziu um estudo semelhante no nosso país, com dados de quase 8 mil brasileiros, que foi exibido naquele congresso americano. “E, no geral, também observamos que os pacientes verificavam a glicemia por volta de 13 vezes ao dia”, reitera.

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    Conclusão: o FreeStyle Libre parece agradar a população brasileira. O desafio é oferecer esse tipo de dispositivo às camadas menos favorecidas da sociedade.

    A questão do preço e as alternativas

    Segundo Calliari, o uso de sensores para controlar o diabetes é uma tendência tão forte que, com o tempo, dificilmente não será incorporado na rede pública, ao menos para parte dos diabéticos. Ainda assim, hoje a tecnologia não chegou ao Sistema Único de Saúde e seu custo é considerável.

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    Veja: a cada 14 dias, você precisa trocar o sensor no braço. Trata-se de uma prática simples, em que o sujeito remove o dispositivo com a mão mesmo, eventualmente aplicando um pouco de óleo de amêndoa, por exemplo. Já para inserir o novo sensor, você usa uma espécie de carimbo. Tudo pode ser feito em casa e o procedimento é quase indolor.

    A questão é que cada sensor custa, segundo o site do FreeStyle Libre, 239,90 reais. Simplificando um pouco a conta, o paciente gastaria quase 500 reais por mês, sem considerar o preço do leitor.

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    “Agora, quem não pode fazer esse investimento também não precisa se desesperar. As fitas são bastante confiáveis”, pondera Calliari. Segundo ele, o que os estudos recentes com as novas tecnologias nos mostram é a importância de medir a glicemia frequentemente – seja no dedo, seja no braço.

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