1. Soa o alarme
Quando o osso quebra, ocorre um vazamento de sangue tanto dessa peça do esqueleto como do tecido ao redor, formando um hematoma. Esse sangue traz substâncias inflamatórias que estimulam as células que trabalharão na regeneração óssea.
2. Limpeza da área
O suprimento de sangue aumenta, permitindo que as células mortas da região sejam absorvidas. O organismo passa a produzir um tecido cartilaginoso no ponto da fratura para cicatrizá-la – é o calo mole.
3. Vai que cola
O tecido cartilaginoso é preenchido por cálcio e fosfato e endurece. Eis a fase do calo duro. Embora ele já proporcione estabilidade, não tem a mesma resistência do osso íntegro. Uma saliência pode aparecer bem naquela região.
4. Novo em folha
Aos poucos, o organismo remodela o osso imaturo, fortificando-o. As saliências desaparecem e a estrutura volta a ter praticamente o mesmo formato de antes, com a medula óssea já formada lá dentro.
Socorro ósseo
Gesso
É indicado para as fraturas simples, quando as partes quebradas continuam alinhadas. Nos membros inferiores, pode ser substituído por uma bota imobilizadora.
Cirurgia
O bisturi é a melhor opção se a fratura for exposta, se as partes fraturadas estiverem desalinhadas ou nos casos que demoram tempo demais para o osso consolidar.
Fixador externo
É empregado geralmente quando o osso partiu-se em vários pedaços. Os pinos presos a uma estrutura externa ajudam a estabilizá-lo e a grudar mais facilmente.
O papel da fisioterapia
- Fortalece a musculatura da região, que fica mais fragilizada durante esse período.
- Ajuda a reabilitar as articulações e a capacidade funcional dos membros acometidos.
- Se a fratura ocorreu nas pernas ou nos pés, treina a marcha para restabelecer a locomoção.
Tendões e ligamentos
Eles também podem se romper ou lesionar numa pancada ou torção
Tendões
São eles que conectam os músculos aos ossos. Ao ser danificados, passam por uma inflamação e remodelação. Às vezes, é preciso reconstituí-los via cirurgia.
Ligamentos
Eles unem osso com osso. São parecidos com os tendões na sua composição. A regeneração envolve a formação de novas fibras. Rupturas podem cobrar cirurgia.
Fonte: Marcos Leonhardt, ortopedista da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Mário Lenza, ortopedista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP); Sérgio Costa, ortopedista do Hospital São Luiz (SP)