Como é feito um transplante de córnea?
Essa membrana essencial para a visão pode ser comprometida por acidentes ou doenças. Saiba como a cirurgia que a substitui é feita e devolve a visão
A córnea é um tecido translúcido que fica na superfície do olho. Ela protege a visão de ameaças externas e ainda funciona como uma lente por onde a luz entra e é focalizada. Basicamente, existem três situações que costumam exigir um transplante de córnea: quando ela sofre uma ruptura, apresenta uma mudança em seu formato ou fica turva.
Os cortes ocorrem em pancadas e acidentes. Já entre as doenças que causam esses problemas na vista estão o ceratocone, a degeneração marginal pelúcida e a ceratopatia bolhosa. Mas como é feito o transplante? Confira abaixo:
A fonte
A córnea que será instalada é sempre colhida de um doador morto com idade entre 2 e 80 anos cuja família autorizou a doação. O procedimento é simples e não traz nenhum prejuízo estético ao cadáver.
O material é encaminhado ao laboratório, onde passa por uma análise para ver se está em bom estado e se o indivíduo não tinha doenças infecciosas, como aids e hepatites.
A troca
Na hora da operação, o médico opta entre a anestesia local e a geral, a depender do caso. Logo na sequência, ele retira a córnea doente.
Ela é substituída pela nova membrana, que acaba encaixada no local e, depois, recebe uma costura com um fio de náilon superfino. Todo o processo, que dura em média 60 minutos, só é possível graças à tecnologia de microscópios e ferramentas pequeninas.
O pós-operatório
A visão demora algumas semanas para se restabelecer. É provável que o indivíduo precise de óculos pelo resto da vida.
Nos primeiros dias, antibióticos e anti-inflamatórios na forma de colírios ajudam a controlar a dor e possíveis infecções bacterianas. A cicatrização completa leva até 12 meses. Após esse período, alguns profissionais optam por retirar os pontos cirúrgicos, enquanto outros mantêm os fios.