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Como a vacina da gripe é feita no laboratório

O imunizante contra o vírus influenza surgiu no século 20 e, desde então, seu método de fabricação não mudou muito. Conheça o processo e se proteja!

Por André Biernath, Diogo Sponchiato
Atualizado em 15 Maio 2019, 16h54 - Publicado em 27 abr 2018, 11h10
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  • A vacina contra a gripe é refeita anualmente, de acordo com análises que indicam quais subtipos do influenza mais circularão na próxima temporada – tanto no Hemisfério Norte como no Sul. Os vírus são colocados em ovos e, depois, o material é purificado para formar o imunizante do ano. Conheça o processo em detalhes a seguir:

    1) Todos os países possuem centros de vigilância que recolhem amostras e analisam as cepas do vírus da gripe que estão pintando em cada lugar – eles sofrem mutações constantes. Os dados são encaminhados para a Organização Mundial da Saúde (OMS).

    2) A entidade então determina os três ou quatro tipos do influenza que serão incluídos no imunizante. Isso ocorre em fevereiro no Hemisfério Norte e em setembro para o Hemisfério Sul, para a vacina ser produzida a tempo de chegar à população antes do inverno.

    3) Com base nas orientações da OMS, os laboratórios iniciam a manufatura do produto. Começa assim: amostras dos vírus são injetadas em ovos de galinha que contém um embrião vivo em pleno desenvolvimento. Os ovos são incubados para o influenza se multiplicar ali. Mas atenção: até gente alérgica a ovo hoje pode receber sua dose.

    4) O líquido que envolve o embrião dentro do ovo serve de matéria-prima para a vacina. Depois de extrai-lo, os cientistas fragmentam e inativam o vírus da gripe – assim, é impossível que ele cause a doença.

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    5) Aí, as vacinas são distribuídas nos postos de saúde e nas clínicas particulares. Ao entrar em contato com o produto, o corpo da pessoa passa a produzir anticorpos que impedem a instalação da gripe.

    6) A campanha estreia em outono para proteger a população antes que o número de casos se eleve.

    Uma receita de vacina diferente

    Cada ovo inoculado com o vírus rende material para aproximadamente uma única dose. Além disso, a multiplicação do influenza demora. É por isso que o processo de produção leva meses.

    Mas há uma solução sendo testada para acelerar a fabricação do imunizante e, assim, ajudar até em pandemias da gripe. Os pesquisadores estão experimentando cultivar o vírus em células dentro do laboratório. Tomara que dê certo!

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