Cirurgia bariátrica pode levar diabetes à remissão, conclui estudo
No longo prazo, bariátrica diminuiu a necessidade de uso de medicamentos
A cirurgia de redução de peso pode ser uma solução não apenas para a obesidade como também para o diabetes tipo 2. É o que mostra uma pesquisa americana que acompanhou mais de 260 pacientes e comparou aqueles submetidos à operação com pessoas que focaram nas mudanças do estilo de vida e medicamentos.
Ao longo de 12 anos, 54% do grupo da bariátrica conseguiu baixar os níveis de hemoglobina glicada (um marcador de controle do diabetes) e houve casos de remissão da doença — o que não significa que não possa voltar. Na turma que não passou pelo bisturi, 27% atingiram as metas nos exames.
“A cirurgia promove a produção de hormônios que controlam a saciedade e os níveis de glicose no sangue”, sintetiza Antônio Carlos Valezi, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
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Não há linha de chegada
O tratamento da obesidade não deve ser abandonado após a cirurgia. Por ser uma condição crônica, o sujeito pode voltar a ganhar peso caso não siga hábitos saudáveis. “Para manter bons resultados, o ideal é que a pessoa seja acompanhada por médico, psicólogo, nutricionista e educador físico”, ressalta Valezi.
Entenda o procedimento
Brasil é o segundo país que mais faz bariátricas
Mil e uma formas
Há várias técnicas cirúrgicas de redução do estômago, mas a mais popular é a do by-pass gástrico, em que o órgão é grampeado em prol da saciedade.
Quem pode fazer
A bariátrica é indicada a qualquer paciente com obesidade grave e para aqueles de menor grau que possuam comorbidades, como diabetes e hipertensão.
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Preparo necessário
Antes de chegar à sala de cirurgia, o paciente deve se submeter a diversos exames e a consultas com vários especialistas, como endocrinologista e até mesmo psiquiatra.
Atenção contínua
O pós-operatório deve ser acompanhado de perto. É preciso readequar a dieta, verificar necessidade de suplementos e contornar desconfortos digestivos.