Medicina

Choque elétrico: conheça os primeiros socorros (e o que não fazer)

Ajuda a vítimas de uma descarga elétrica sempre exige apoio profissional, mas algumas medidas podem ser tomadas para aumentar as chances de sobrevivência

Por Maurício Brum
15 set 2025, 16h28

Um choque elétrico em geral é uma emergência médica. Embora algumas descargas do tipo sejam imediatamente fatais, em outros casos é possível sobreviver à corrente elétrica, a depender de fatores como a voltagem, a saúde geral do indivíduo e o próprio tempo de resposta do tratamento.

Complicações de um choque elétrico incluem queimaduras graves, parada cardíaca, convulsões e perda de consciência, entre outros problemas. Por isso, saber como lidar diante de uma situação dessas pode ser fundamental para preservar vidas.

Cuidados imediatos

Antes de fazer qualquer coisa pela vítima, certifique-se de que ela não está mais em contato com a fonte da energia. Caso não tenha certeza, evite encostar nela até garantir isso, ou você pode também sofrer o choque.

Se tiver conhecimento de onde fica a chave geral, por exemplo, desligue-a. A seguir, chame um serviço de emergência, como o SAMU, acessível em todo o país pelo número 192. Uma vez tendo tomado esses passos, você pode adotar as seguintes medidas enquanto aguarda a chegada de auxílio profissional:

Se a pessoa não tiver pulso e você souber como realizar uma reanimação cardiopulmonar (RCP), inicie esse procedimento o quanto antes;
Se tiver gaze ou curativos disponíveis, cubra os ferimentos e queimaduras. Mas não faça isso se só tiver à mão itens como toalhas ou roupas, cujas fibras podem se aderir aos ferimentos e propiciar infecções;
Caso a pessoa tenha recuperado a consciência e não pareça ter sofrido lesões mais severas, ela ainda assim deve ser orientada a procurar um serviço de saúde para realizar exames e se certificar de que não sofreu qualquer dano interno.

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O que não fazer

Esses cuidados protegem você e a vítima:

Jamais encoste na pessoa se ela ainda estiver em contato com a corrente elétrica;
Mesmo após se certificar de que o local não está mais energizado, nunca mova a vítima, a não ser que ela esteja em risco iminente (por exemplo, próxima de um incêndio ou em um local com risco de desabamento); se for necessário movimentá-la, tente fazê-lo usando materiais não-condutores quando possível, como um pedaço de madeira;
Não cubra os ferimentos e queimaduras com itens como toalhas, roupas e lençóis. Também evite qualquer peça de pano ou curativo que não esteja devidamente esterilizado.