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Câncer de próstata: rastreamento com exame de sangue reduz risco de morte

Novo estudo reuniu dados de mais de 160 mil homens ao longo de um período de 23 anos

Por Lucas Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 out 2025, 19h27 - Publicado em 30 out 2025, 19h26
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Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda homens a partir dos 50 anos procurem seu médico para avaliar a necessidade dos exames preventivos (Foto: Veja Saúde/Veja Saúde)
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O rastreamento universal do câncer de próstata é alvo de debates entre a comunidade científica. Por isso, cientistas buscam compreender se buscar ativamente a doença com exames na população como um todo pode trazer mais benefícios do que danos à saúde.

A divergência ocorre devido à natureza desse tipo de tumor. Alguns têm crescimento progressivo e podem ameaçar a vida. Boa parte, no entanto, tem como característica um comportamento chamado indolente — evoluem de forma lenta, sem sinais ou prejuízos ao indivíduo. Nesse caso, o diagnóstico e tratamento pode expor o paciente a riscos desnecessários (entenda aqui).

Para o câncer de próstata, o rastreio inclui toque retal e o exame de sangue para avaliar a dosagem do antígeno prostático específico, conhecido pela sigla PSA em inglês.

Um novo e amplo estudo, recém-publicado no respeitado New England Journal of Medicine, acrescenta novos elementos a esse quebra-cabeça.

Para a pesquisa, os cientistas acompanharam um grupo de mais de 162 mil homens, de idades entre 55 e 69 anos, pelo período de 23 anos. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: de rastreamento, que recebeu a oferta de testes de PSA repetidos, ou de controle, que não realizou o rastreio.

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A análise indicou que o rastreamento por PSA pode reduzir a mortalidade em 13%.

“Isso pode parecer pouco, mas, especialmente diante de um país grande como o nosso, representa salvar muitas vidas e reduzir os custos com a doença avançada. A pesquisa confirma o que a experiência clínica já mostrava: o rastreamento com o PSA preserva vidas”, destaca Karin Anzolch, urologista e diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

+ Leia também: Homens vivem 7 anos a menos que mulheres — e a ciência sabe por quê

Os autores recomendam que estratégias futuras priorizem rastreio baseado em risco para minimizar o excesso de diagnósticos mantendo o benefício clínico.

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“O trabalho mostra também que, com o avanço da medicina, os benefícios do rastreamento aumentaram e os riscos diminuíram, especialmente quando se utiliza uma abordagem mais personalizada — considerando idade, histórico familiar e outros fatores individuais”, explica Anzolch.

“Mais do que fazer o exame por rotina, trata-se de fazer com consciência, informação e acompanhamento médico. O PSA continua sendo uma ferramenta valiosa, desde que usada com critério — e pode significar anos a mais de vida e qualidade para milhares de homens”, acrescenta.

A SBU recomenda que todos os homens a partir dos 50 anos procurem seu médico para avaliar a necessidade dos exames preventivos. Aqueles com maior risco — como negros, obesos ou com histórico familiar de câncer de próstata — devem iniciar essa avaliação aos 45 anos.

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“O importante desse estudo é o tempo de seguimento longo. Para câncer de próstata, isso é extremamente relevante, por ser uma doença de crescimento muito lento”, destaca o médico Mauricio Cordeiro, chefe do Departamento de Uro-oncologia da SBU.

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