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AVC: reconhecer sinais e agir com rapidez são as chaves para salvar vidas

Do diagnóstico correto à reabilitação, o atendimento feito em centros de referência da Dasa faz diferença na recuperação e qualidade de vida dos pacientes

Por Abril Branded Content
Atualizado em 28 out 2022, 18h59 - Publicado em 28 out 2022, 18h59
Dasa
 (Dasa/Divulgação)
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Reforçar a necessidade de buscar ajuda médica imediatamente, no lugar certo e com profissionais adequados, diante de uma suspeita de acidente vascular cerebral (AVC) é um dos propósitos do Dia Mundial do AVC, instituído em 29 de outubro de 2006 pela Organização Mundial do AVC (WSO, na sigla em inglês). Este ano, a campanha promove a expressão #PreciousTime (tempo precioso, em tradução livre) para lembrar que o tempo é elemento crucial quando se trata de evitar sequelas e óbitos. “A cada cinco minutos uma pessoa morre no Brasil em decorrência de AVC, o que mostra a gravidade e a prevalência da doença”,1 atesta o dr. Daniel Abud, neurorradiologista intervencionista do Hospital Nove de Julho, em São Paulo, que faz parte da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil. 

Daniel Abud, neurorradiologista intervencionista do Hospital Nove de Julho -
Daniel Abud, neurorradiologista intervencionista do Hospital Nove de Julho – (Dasa/Divulgação)

A urgência no atendimento aos casos de AVC se explica: o entupimento ou rompimento de um vaso que leva sangue ao cérebro afeta a “alimentação” dos neurônios. A cada minuto sem oxigênio, quase 2 milhões dessas células do sistema nervoso são afetadas.2 “Os neurônios deixam de funcionar, causando déficits neurológicos que variam dependendo da localização do problema no cérebro”, explica o dr. Daniel Abud.

O dr. Marcus Tulius, neurologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), referência em atendimento de neurologia da Dasa no Rio de Janeiro, faz uma analogia: “Quando há uma oclusão, imagine como se fosse uma pedra jogada no lago. Ela forma ondas que vão se afastando. O ponto onde a pedra caiu é o centro da lesão isquêmica, que sofre uma necrose. Todo o entorno é uma zona de tecido cerebral que está sofrendo. Por essa razão é preciso atuar para conter a propagação e evitar danos adicionais”.

Marcus Tulius, neurologista do Complexo Hospitalar de Niterói -
Marcus Tulius, neurologista do Complexo Hospitalar de Niterói – (Dasa/Divulgação)

É fundamental, portanto, procurar sem demora o pronto atendimento, de preferência via serviço de ambulância, ao perceber alguma manifestação neurológica. “Os sintomas do AVC aparecem de uma hora para outra. Por isso, é muito importante aprender a reconhecê-los”, lembra a dra. Letícia Rebello, neurologista do Hospital Brasília, que faz parte da Dasa, no Distrito Federal. “Portanto, esteja atento aos sinais de alerta: boca torta ao sorrir, dificuldade de falar ou entender o que se fala e perda de força ou sensibilidade em um dos lados do corpo. Nossa máxima para esse problema é correr contra o tempo para evitar danos cerebrais maiores”, explica a médica, que é head de neurologia da Dasa e responsável pelo apoio na implementação do protocolo de AVC em todos os hospitais da companhia.

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Segundo o dr. Marcus Tulius, saber exatamente para onde ir quando surge a suspeita do problema é o ponto-chave para aumentar as chances de desfechos positivos. O CHN, por exemplo, é um dos hospitais mais citados no aplicativo AVC Brasil, que relaciona as instituições com aparato e profissionais capacitados a lidar com essa emergência. Lançado em 2016 pela Rede Brasil AVC e oferecido de forma gratuita nos sistemas Android e iOS, o app também reúne informações importantes sobre a doença. “Ainda hoje grande parte das sequelas acontece porque a pessoa chega tardiamente ou, infelizmente, não recebe o tratamento adequado”, aponta o dr. Marcus Tulius.

Entre as consequências mais frequentes dos episódios, o médico destaca, em primeiro lugar, o desenvolvimento de demência vascular, que afeta as funções executivas e, portanto, a qualidade de vida, a independência e o convívio social:5 “O comprometimento motor é outro desafio, prejudicando a capacidade de realizar as atividades diárias. E os transtornos de linguagem, como a afasia, que atrapalham a comunicação e são de difícil resolução, principalmente para os mais idosos”, completa.

Precisão na abordagem já na chegada

O AVC está dividido em dois grandes grupos. “Quando a circulação que leva o sangue ao cérebro é interrompida por um coágulo, estamos falando do tipo isquêmico”, explica o dr. Daniel Abud, do Hospital Nove de Julho. Nos casos em que o sangue extravasa das artérias, trata-se de um AVC hemorrágico. “Ambos são extremamente graves, tanto por causar incapacidade funcional quanto por óbito. O isquêmico, porém, é o mais frequente. Representa em torno de 80% dos casos no Brasil”,3 destaca. 

A diferenciação entre os dois tipos para propiciar o atendimento adequado depende de exames de neuroimagem, cujos resultados devem ser interpretados por um especialista. “A triagem precisa ser feita de forma prioritária, assim como todo o fluxo de atendimento na emergência, para que o paciente comece a receber o tratamento o mais rápido e da forma mais adequada possível”,4 diz a dra. Letícia Rebello.

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“Desde meados da década de 1990, ficou comprovada a eficácia do tratamento de AVC isquêmico, chamado de trombólise endovenosa. Injetado na veia, o medicamento tem a capacidade de dissolver o coágulo, fazendo o sangue voltar a circular no cérebro. A partir daí, o mundo começou a criar estruturas hospitalares e protocolos para o manejo correto do problema”, conta o dr. Daniel Abud. 

Para os casos em que se ultrapassa a janela adequada de tempo para o uso dessa medicação, é possível recorrer à trombectomia mecânica, desde que alguns critérios de inclusão sejam preenchidos. “O procedimento é feito por um cateter inserido pela virilha que vai até o ponto da obstrução para remover o trombo”, explica o dr. Marcus Tulius, do CHN, que conta com salas específicas para tratar a fase aguda do AVC por meio da trombectomia. “Estar em um hospital com tecnologia e profissionais preparados para oferecer tratamento de ponta faz toda a diferença para a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes”, diz.

O acompanhamento no pós-alta é outra premissa importante. “A primeira preocupação é evitar a recorrência do AVC, sobretudo nos primeiros 90 dias. O paciente precisa ser instruído a adotar bons hábitos, que incluem não fumar, assim como controlar diabetes e colesterol. Além disso, deve ser orientado a tomar antiagregante plaquetário, como ácido acetilsalicílico, popularmente conhecido como AAS, para prevenir a formação de novos trombos”,4 enumera o dr. Marcus Tulius.

De acordo com a dra. Letícia Rebello, o programa de reabilitação deve começar assim que possível, com fisiatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapia ocupacional e demais profissionais exigidos pelo quadro. Outro problema que ocorre com frequência – e que muitas vezes não recebe a devida atenção – é a ocorrência de depressão pós-AVC. Nesses casos é importante a avaliação de psiquiatra e psicólogo.6 A depender, pode-se identificar uma alteração cardíaca como causa do AVC, quando também é preciso envolvimento de cardiologista no plano terapêutico.

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Para evitar que aconteça

“O AVC isquêmico tem duas causas principais, e uma delas são as arritmias cardíacas”, observa o dr. Daniel Abud. Essas irregularidades no ritmo do coração acabam resultando em coágulos que podem se soltar e seguir pela corrente sanguínea até o cérebro.7 “Outro fator é a doença aterosclerótica, ou seja, a formação de placas de gordura nas artérias, tanto do pescoço quanto do cérebro”,8 diz o especialista. “Para prevenir essas condições, é importante adotar hábitos alimentares saudáveis, a prática regular de exercícios físicos, assim como controlar colesterol, glicemia e pressão arterial”, resume. E como o avançar da idade é um aspecto a ser considerado, o médico lembra a necessidade de fazer check-ups periódicos a partir dos 40 anos, com a realização de exames sanguíneos e de imagem para analisar a progressão desses fatores de risco que se tornam mais recorrentes com o envelhecimento.

Referências:

  1. https://redebrasilavc.org.br/avc-matou-mais-de-100-mil-pessoas-em-2021/
  2. https://jornal.usp.br/radio-usp/dia-mundial-de-combate-ao-avc-tem-foco-no-reconhecimento-rapido-dos-sintomas/
  3. https://bvsms.saude.gov.br/avc-acidente-vascular-cerebral/
  4. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_rotinas_para_atencao_avc.pdf
  5. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_reabilitacao_acidente_vascular_cerebral.pdf
  6. https://n.neurology.org/content/98/10/e1021.full
  7. https://jornal.usp.br/atualidades/arritmias-cardiacas-podem-ser-caminho-para-o-avc/
  8. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/avc

     

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