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Aparelho que une laser e ultrassom pode controlar dores da fibromialgia

Segundo uma pesquisa, o dispositivo desenvolvido no Brasil beneficiou 90% dos portadores do quadro, que provoca dores intensas pelo corpo todo

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 12 nov 2020, 14h43 - Publicado em 14 Maio 2019, 12h40

Um novo método promete melhorar a vida de quem sofre com a fibromialgia, síndrome que causa dores pelo corpo e para a qual não existe cura. Trata-se de um aparelho que combina duas técnicas já usadas na fisioterapia – o laser e o ultrassom – e que foi desenvolvido pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo.

O dispositivo, chamado de fotossônico, já foi testado em mais de 500 indivíduos com artrite durante sete anos, com resultados positivos segundo os cientistas. Daí surgiu a inspiração para experimentar a novidade contra a fibromialgia.

Pois os achados foram promissores mais uma vez: houve uma diminuição da dor em 90% dos voluntários. E de 60 a 70% deles classificaram o alívio como “muito bom”.

Junto do equipamento, os pesquisadores apresentaram uma abordagem inédita: a aplicação é feita apenas na palma da mão. São três minutos em cada uma, duas vezes na semana. O efeito benéfico surgiria após dez sessões.

Cabe lembrar que a fisioterapia já trata a fibromialgia com tecnologias similares, embora isoladas. Contudo, hoje elas são administradas diretamente nos locais que mais incomodam o paciente.

 

A mão de quem tem fibromialgia é diferente

Pessoas com o quadro possuem mais células sensoriais na palma da mão do que a população em geral. Segundo algumas linhas de pesquisa, a dor estaria relacionada a essa alteração na extremidade do corpo, que promoveria uma menor tolerância a qualquer desconforto.

Por meio das mãos, portanto, a aplicação do fotossônico afetaria o resto do corpo. Entretanto, essa teoria ainda precisa ser confirmada, até porque outras linhas atribuem as dores a mudanças dentro do cérebro.

Agora, quais os efeitos do ultrassom e do laser? A partir do primeiro, ondas sonoras são emitidas e, dentro do corpo, estimulam os vasos sanguíneos. Isso melhora a circulação e o metabolismo da região.

Já o laser faz a luz penetrar nos tecidos, o que desencadeia a liberação de endorfinas, substâncias que ajudam a inibir a dor. “A sobreposição dos dois métodos concilia os estímulos, gerando um resultado ampliado”, destacou Bagnato.

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Outra função do laser é aumentar a produção de ATP, a molécula que leva energia às células. Esse fenômeno parece reduzir a fadiga, outra consequência clássica da fibromialgia.

O tratamento da fibromialgia

Atualmente, ele é feito com remédios, principalmente anti-inflamatórios e antidepressivos, e abordagens não farmacológicas. Entram na lista fisioterapia, exercícios físicos controlados e psicoterapia, que ensina táticas para lidar com o sofrimento constante. A acupuntura também ajudaria no controle dos sintomas.

O novo aparelho está em fase final de aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e deve chegar em breve ao mercado.

Por outro lado, a Sociedade Brasileira de Reumatologia afirma que faltam evidências de que intervenções de aparelhos nas palmas da mão controlam, de maneira significativa, as dores da fibromialgia. Clique aqui para ler o comunicado completo da entidade.

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