A importância do exercício para quem venceu o câncer de mama
Exercícios trazem benefícios reais, que inclusive ajudam no tratamento a longo prazo, após a dura batalha contra os tumores de mama
Mesmo quando o câncer é tratado com sucesso, não dá para baixar a guarda. A terapia com hormônios no pós-tratamento é tão importante quanto o diagnóstico precoce, já que existe o risco de o tumor voltar a crescer e se desenvolver.
Portanto, é essencial lançar mão de remédios para prevenir essa possível reincidência. Em geral, os médicos aconselham um mínimo de cinco anos seguindo esse cuidado à risca antes de realmente se considerar curado da doença.
Nesse período, um dos maiores desafios para as mulheres é, sem dúvida, lidar com os efeitos colaterais dos medicamentos – perda de massa óssea e dores nas articulações são os problemas mais comuns. Não à toa, aproximadamente 40% delas interrompem o tratamento bem antes do tempo recomendado, o que é preocupante. Pensando nisso, Gwendolyn Thomas, professora de Ciência do Exercício na Universidade Syracuse, dos Estados Unidos, juntou-se a um time de especialistas na também americana Universidade Yale para testar a eficiência do esporte como terapia complementar nesses casos.
Eles todos incentivaram mulheres a praticar duas sessões de treinamento de força e 150 minutos de atividade aeróbica moderada (como caminhada) toda semana. Depois de um ano, os benefícios foram nítidos.
“Elas tinham mais massa magra e menos gordura corporal”, disse a pesquisadora, em comunicado à imprensa. Até então, as voluntárias não costumavam suar a camisa por mais de uma hora na semana, o que as expunha a males como obesidade (gatilho para os indesejáveis efeitos colaterais dos medicamentos), osteoporose e fraturas em geral. Para Gwendolyn, as mudanças sugerem que os exercícios deveriam ser prescritos em conjunto com a hormonioterapia.