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A busca por soluções capazes de tornar diagnósticos mais ágeis e precisos

Análises clínicas, exames de imagem, inteligência artificial... Prêmio irá reconhecer as iniciativas que fazem diferença na medicina diagnóstica

Por Goretti Tenorio
Atualizado em 27 ago 2024, 17h31 - Publicado em 11 out 2023, 15h13
tecnologia-diagnostica
Pesquisas abrem caminho a novos exames em áreas como oncologia e infectologia. (Ilustração: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
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Agilidade e acurácia para tomar decisões. Eis um pressuposto essencial quando se fala em métodos diagnósticos. Não é à toa que tantos cientistas e instituições trabalham por aprimorar ou desenvolver ferramentas que permitam viabilizar a detecção e acelerar o tratamento de doenças.

Esse processo ficou ainda mais em evidência após a pandemia de Covid-19. No auge da crise sanitária, equipes multidisciplinares corriam atrás de soluções para entender as diferentes faces da infecção – e projetos com uso da inteligência artificial avançaram como nunca no período.

Um dos exemplos veio do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Inrad-HCFMUSP). Na instituição, uma plataforma foi desenvolvida para diagnosticar a Covid-19 por meio de análise de imagens de tomografia de pulmão.

Em poucos minutos, o algoritmo fazia uma varredura em milhares de imagens e, por comparação, indicava se as alterações de um determinado paciente eram compatíveis com quadros da infecção e qual porcentagem do órgão estava comprometida.

+ LEIA TAMBÉM: Premiação irá reconhecer quem inova na medicina brasileira

A inteligência artificial já ajuda também a aprimorar análises patológicas de doenças renais e hepáticas por meio de um sistema computacional que analisa imagens obtidas por biópsias.

Fruto de um trabalho premiado da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a estratégia tem potencial de dar suporte a profissionais em lugares do Brasil que não contam com patologistas para avaliar e laudar biópsias.

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Quando a resposta está no sangue

A análise sanguínea hoje, muito além dos tradicionais e valiosos check-ups capazes de mostrar como andam as taxas de colesterol ou de hormônios cruciais para o funcionamento do corpo, já detecta fragmentos de DNA de tumores.

Estamos falando da biópsia líquida, apontada por especialistas como um marco dos avanços em oncologia por ser capaz não apenas de diagnosticar a presença de câncer, mas também subsidiar a tomada de decisão da melhor terapia para tratá-lo.

No caso de doenças infecciosas, painéis baseados em biologia molecular aceleram a diferenciação de doenças cujos sintomas inespecíficos muitas vezes confundem os profissionais de saúde e atrasam tratamentos. Ao apontar com precisão qual o vírus por trás de doenças respiratórias ou que micro-organismo está provocando diarreias e outros sinais de infecções intestinais, a tecnologia salva vida e reduz custos de saúde.

O rastreio de doenças negligenciadas

Em um país tão amplo e diverso como o Brasil, facilitar o diagnóstico pode ser o pulo do gato para vencer problemas que continuam a afetar sobretudo regiões e comunidades de baixa renda.

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De acordo com o Ministério da Saúde, entre as chamadas Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN), por exemplo, o Brasil registra 90% dos novos casos de hanseníase nas Américas.

Daí a importância de pesquisas como a que reuniu profissionais da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para desenvolver uma solução que capta anticorpos da hanseníase no sangue. Hoje a identificação da doença ainda depende mais amplamente de exames físicos e biópsias das partes do corpo afetadas.

+ LEIA TAMBÉM: Por que a hanseníase persiste como problema de saúde pública no país?

Contar com uma alternativa que possibilite o diagnóstico num exame de sangue, além de agilizar o encaminhamento para tratamento, favorece a realização de triagens em áreas endêmicas do país.

Como se vê, são múltiplas as possibilidades de novas descobertas em Tecnologias Diagnósticas, uma das categorias Prêmio VEJA SAÚDE & Oncoclínicas de Inovação Médica.

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Na edição deste ano, elas serão avaliadas por um júri técnico e científico, com grandes nomes da ciência brasileira, e as vencedoras serão divulgadas em VEJA SAÚDE, ajudando a difundir iniciativas que colaboram para o diagnóstico precoce e tratamento de doenças que afetam nossa população.

A premiação contempla outras cinco categorias – Medicina Social, Terapias e Tratamentos, Medicina de Precisão e Genômica,, Prevenção e Promoção à Saúde e Engajamento e Empoderamento do Paciente. Saiba mais sobre o prêmio no site oficial.

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