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Como a catarata de Monet transformou sua forma de pintar

Pintor impressionista foi diagnosticado com a doença aos 72 anos, e relatou as alterações da visão em diversas cartas

Por Larissa Beani Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 jul 2025, 10h30 - Publicado em 26 jul 2025, 07h00
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Foto de pintura de Monet no Museu de l’Orangerie, em Paris (lynnebeclu/Getty Images)
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Você sabia que Monet teve catarata — e isso mudou sua forma de pintar?

Considerado o “pai do impressionismo”, o francês Claude Monet (1840-1926) foi diagnosticado com a doença ocular em 1912, aos 72 anos. Em cartas, o pintor relatava que, com o avanço da idade e do problema de saúde, tinha cada vez mais dificuldade de distinguir detalhes nas paisagens.

“Minha visão ruim fazia com que eu visse tudo através de uma névoa”, escreveu. Além disso, sua percepção das cores também mudou. Aos poucos, elas iam perdendo a intensidade.

Mais de uma década depois do diagnóstico, em 1923, quando já havia perdido praticamente toda a visão do olho direito, Monet passou por uma cirurgia de retirada de catarata. A recuperação foi lenta e o resultado deixou a desejar. No mesmo ano, o artista passou por um segundo procedimento que foi capaz de melhorar a precisão do olhar, mas tornou sua visão azulada.

“É imundo, é nojento, só vejo azul. Não vejo mais vermelho nem amarelo. Isso me irrita muito, porque sei que essas cores existem. Estou terrivelmente triste e desanimado. A vida é uma tortura para mim”, relatou Monet.

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Em 1924, recorreu a outro oftalmologista, que criou óculos com lentes verdes e amarelas para o artista francês. “Recuperei minha verdadeira visão. Estou vendo tudo novamente com alegria e trabalhando com ardor”, registram escritos.

As pinturas feitas em seus últimos anos de vida refletiam a gradual perda da visão do artista, como mostra o comparativo do vídeo abaixo, feito pelo produtor de conteúdo e entusiasta de arte @curious.e.y.e 

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Monet no Brasil 

Quer ver de perto como as obras do pintor foram evoluindo com o tempo? A exposição “A ecologia de Monet” está em cartaz no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), em São Paulo, até 24 de agosto. Pinturas feitas no início do século 20 revelam como o pintor via o mundo e convivia com o problema ocular.

O tratamento hoje

Felizmente, hoje em dia há técnicas cirúrgicas muito mais eficazes e seguras para curar a catarata.

A operação é realizada com anestesia local e consiste na substituição do cristalino por uma lente artificial, feita sob medida e de acordo com a curvatura da córnea. O procedimento dura de 15 a 30 minutos e o paciente vai para casa no mesmo dia.

Fontes: PBS News, Eye See Magazine e Museu do Olho do Colégio Real Australiano e Neozelandês de Oftalmologistas.

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