Tosse, coriza e cansaço passam batido por muitos corredores. Tanto que, em um trabalho da Universidade de Pretória, na África do Sul, apenas 7% dos voluntários com sinais de uma infecção ou outra moléstia desistiram de iniciar uma prova de média ou longa distância.
Só que isso está por trás de sérias consequências à saúde: após avaliar 7 021 participantes, os pesquisadores notaram que os enfermos possuíam um risco duas vezes maior de ter de abandonar a corrida.
“É um indicativo claro de que a união de exercício prolongado com uma doença sobrecarrega o corpo”, analisa o médico do esporte Páblius Braga, do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. “Caso a pessoa se recuse a abrir mão da prova, recomendo ao menos reduzir o ritmo ou parar no meio”, orienta.
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Confira os dados da pesquisa sul-africana
19% tiveram algum sintoma antes de uma prova
8% apresentaram sinais mais graves
7% dos enfermos desistiram de iniciar uma competição
1% dos praticantes saudáveis não concluiu a corrida
2% dos com uma encrenca ficaram pelo caminho
Depois da competição
Atividades físicas estafantes abalam temporariamente nossas defesas contra vírus, bactérias e afins. Misture isso com uma infecção prévia e pronto: a possibilidade de cair de cama vai às alturas. “Pneumonia, meningite e outros males também aparecem com maior frequência nesse contexto”, alerta Páblius Braga.