Não há melhor vitrine para um esporte do que os Jogos Olímpicos. E é de esperar que a escalada, uma modalidade que se inspirou no montanhismo e se baseia em galgar paredes verticais, vá se popularizar ainda mais após seu début oficial no Japão.
É um incentivo e tanto para uma prática que já vem tendo maior procura nas grandes cidades brasileiras, de acordo com Raphael Nishimura, presidente da Associação Brasileira de Escalada Esportiva (ABEE). E olha que a atividade é bem democrática.
“Não há contraindicações nem limite de idade se o praticante estiver saudável e sem lesões. E podemos adaptar o nível ao seu condicionamento”, diz Nishimura. “Os paraescaladores são exemplos de que mesmo deficiências não são fatores limitantes”, completa.
Segundo o dirigente da ABEE, a escalada trabalha força muscular, flexibilidade e cognição, e o ideal é que sejam feitas de duas a três aulas por semana.
As disputas olímpicas
Os atletas participam de três provas
Velocidade: Eles devem escalar uma parede vertical numa rota definida. Vence quem chegar primeiro.
Boulder: Aqui a ideia é percorrer trajetos fixos numa parede de 4 metros em um tempo estipulado.
Guiada: Os competidores buscam subir o mais alto possível num paredão dentro de um limite de tempo.
+ LEIA TAMBÉM: A saída de Simone Biles das Olimpíadas e a saúde mental no esporte
Os bônus para o corpo
Prática da escalada demanda dos pés à cabeça
Força: Os membros superiores são os mais trabalhados, além das costas e de todo o abdômen. As pernas são recrutadas para impulsionar o praticante.
Flexibilidade: É altamente exigida para que o atleta se movimente de um ponto a outro. Pernas e quadris ágeis e flexíveis são resultado de anos subindo as paredes.
Cognição: Raphael Nishimura compara a escalada a um quebra-cabeça. O cérebro precisa decifrar as melhores vias e os passos seguintes para superar as provas.