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Videogame depois dos 60, sim

Levantamento revela que cada vez mais idosos estão se aventurando nos jogos digitais. E isso pode ser bastante positivo para eles.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 15 abr 2022, 12h20 - Publicado em 15 abr 2022, 11h19
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  • Uma pesquisa global da consultoria Euromonitor sobre o uso de tecnologias na faixa dos 60+ aponta que 82% desse público tem acesso a smartphones, 45% já utiliza aplicativos de bancos e, lá vem o dado que mais chama a atenção, 21% deles já são adeptos de videogames e jogos virtuais.

    E o hábito pode, sim, ser vantajoso para os mais maduros — desde que sejam respeitados limites de tempo e gostos pessoais.

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    “Games e atividades online podem melhorar a saúde no envelhecimento. Isso porque habilidades cognitivas como percepção, controle de atenção e tomada de decisões são mais apurados em pessoas que jogam, inclusive idosos”, afirma o geriatra Rubens de Fraga, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

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    Mais dados da pesquisa. (Gráficos: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital)
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    O médico também conta que alguns estudos já testam joguinhos digitais como uma ferramenta extra no combate à demência — os estímulos fortalecem conexões entre os neurônios.

    “Esse estado contínuo de encarar novidades e realizar atividades desafiadoras, mas factíveis, provoca o cérebro de forma positiva”, explica o especialista em gerontologia.

    +Leia Também: Idosos conectados: mais que inclusão, um direito

    Atenção aos limites

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o vício em games como doença, mas ainda não há estudos sobre o tamanho do problema entre idosos.

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    Mesmo assim, Fraga dá alguns conselhos para minimizar o risco de dependência. “É importante definir um tempo para jogar e não manter consoles dentro do quarto a fim de não exagerar. E não deixar de se exercitar para compensar as horas sentadas”, diz o geriatra.

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