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Mães e pais se sentem sozinhos e sobrecarregados, mostra pesquisa

Novo estudo com mais de mil brasileiros diagnostica falta de redes de apoio

Por Diogo Sponchiato
23 ago 2022, 09h19
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  • As restrições impostas pela Covid-19 e os entraves socioeconômicos desencadeados pela pandemia tornaram a tarefa de criar os filhos ainda mais solitária e extenuante.

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    É o que mostra um levantamento com 1 086 brasileiros realizado pelo grupo Consumoteca. Pelo menos seis em cada dez participantes afirmaram sentir falta de apoio no dia a dia com as crianças e sobrecarga pelo acúmulo de trabalhos — o que engloba emprego e cuidados com os filhos e a casa.

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    De acordo com Manuela Fonseca, coordenadora de insights da Consumoteca, a parentalidade é vista como uma obrigação do núcleo familiar central, e o isolamento social reforçou o peso que ela pode exercer entre pessoas que precisam estar inseridas no mercado de trabalho — inclusive nos lares liderados por mães solo.

    “O termo ‘rede de apoio’, do qual os entrevistados sentem falta, ganhou uma nova camada de importância nesse contexto. E o provérbio africano ‘É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança’ adquire ainda mais notoriedade”, analisa.

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    Ainda segundo Manuela, o estudo ressalta a necessidade de olhar para as necessidades psicossociais desses pais que se veem sozinhos e cansados.

    Até para prevenir um quadro que já vem sendo chamado de burnout parental: o esgotamento ao tentar conciliar a vida profissional e a criação dos filhos, algo observado em 66% dos pais em uma pesquisa americana.

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    dados da pesquisa
    (Gráficos: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)

    + LEIA TAMBÉM: Burnout faz cada vez mais vítimas. Como prevenir?

    Para não ficar sem amparo

    De onde o apoio deve vir, segundo Manuela Fonseca, da Consumoteca:

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    Escola: fora as atividades do currículo, as instituições podem colocar famílias em contato e criar um tipo de comunidade.

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    Emprego: as empresas precisam ser mais inclusivas e flexíveis diante das demandas da parentalidade.

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    Amigos: colegas sem filhos podem se afastar daqueles com uma cria. Mas dá para conciliar a amizade.

    Família: avós, irmãos e companhia costumam estar na primeira fila da rede de apoio. Vale incentivar isso!

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    Redes sociais: canais virtuais, mediados ou não por profissionais, promovem contatos e trocas entre pais.

    Eventos: atividades culturais devem se pautar pela inclusão e harmonizar interesses dos adultos e das crianças.

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    Solidão piorou com a pandemia?

    O tema foi debatido no último Congresso de Cérebro, Comportamento e Emoções, sediado em Gramado (RS), onde especialistas compartilharam dados sobre as consequências da pandemia no nível de solidão reportado pelas pessoas e os reflexos fisiológicos de uma vida solitária.

    O que se viu foi que os percalços da Covid-19 não elevaram necessariamente a sensação de solidão — isso parece ser moldado pelos traços de personalidade de cada um.

    De qualquer forma, indivíduos que se sentem sozinhos deveriam procurar apoio. Pelo bem de sua saúde mental e cognitiva. Em sua fala, o psiquiatra Adriano Resende Lima, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), comentou que há estudos indicando que a solidão eleva em três vezes o risco de demência, por exemplo.

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