Influenciadora salva filho com manobra de Heimlich. Saiba como fazer
Técnica é usada para remover à força um objeto que causou engasgo e está impedindo a passagem de ar. Atenção aos cuidados específicos para bebês
O engasgo é uma situação até corriqueira, mas que pode se tornar uma emergência potencialmente fatal se não for resolvida rápido. Durante a semana, a influenciadora Clara Maia compartilhou um vídeo em que realiza uma manobra de Heimlich para ajudar seu bebê a voltar a respirar, depois de ele ficar sem ar logo após a amamentação.
A influenciadora aproveitou a oportunidade para chamar atenção sobre a necessidade de aprender a executar a técnica. A manobra tem diferenças quando aplicada em bebês e crianças maiores (ou adultos), mas em todos os casos deve ser feita rapidamente para restabelecer a respiração de alguém que se engasgou.
+Leia também: Primeiros socorros sobre feridas, queimadura, engasgamento…
Como fazer a manobra de Heimlich em adultos e crianças
O engasgo ocorre quando um objeto estranho, normalmente um alimento, não percorre o caminho correto até o estômago. Se essa situação acontece, o corpo reage automaticamente tentando expulsá-lo, o que muitas vezes ocorre sem maiores problemas. Só que, em algumas situações, pode haver um bloqueio da traqueia — é quando falta ar e uma resposta urgente é necessária.
A manobra de Heimlich tenta ajudar uma pessoa já sem ar a expulsar esse corpo estranho que está interrompendo a respiração. Em pessoas crescidas, o procedimento consiste em um “abraço por trás”, com uma mão sobre a outra, na região da “boca do estômago”.
Uma vez posicionado desta forma, o movimento de quem executa a manobra deve ser feito como se estivesse tentando levantar a outra pessoa: comprimir as mãos contra a boca do estômago para dentro e para cima, em um movimento que lembra a letra J.
Em crianças, a técnica é a mesma, com um cuidado em relação à estatura — pode ser necessário se agachar para atingir o ponto correto caso o adulto seja mais alto.
Manobra é diferente em bebês
Embora também seja chamada de manobra de Heimlich, a técnica aplicada em bebês menores de um ano é feita de forma totalmente diferente – como pode ser visto no vídeo de Clara Maia. Mas atenção: ela só deve ser realizada em caso de obstrução total das vias aéreas, quando o bebê não consegue respirar.
Nesse caso, deve-se abrir a boca do bebê e posicioná-lo de bruços, pressionando a região do meio das costas. Depois disso, o bebê é virado de barriga para cima e, caso ele siga com problemas para respirar, devem ser feitas novas compressões – agora, no tórax.
O movimento deve ser executado de forma alternada, e a orientação é que sejam feitas em torno de cinco compressões nas costas e, depois, outras cinco no tórax, se necessário. As compressões nas costas e tórax devem seguir sendo alternadas até que a respiração volte.
O corpo de bombeiros ensina a realizar a manobra. Confira um exemplo nesse vídeo.
Quando for possível visualizar e remover manualmente o objeto, essa também é uma opção caso a criança não consiga expeli-lo por conta própria.
Cuidados com a manobra de Heimlich
A manobra de Heimlich é feita de forma emergencial, em situações em que há risco de morte. No entanto, por ser um procedimento que exige movimentos bruscos, ela pode resultar em lesões aos órgãos internos e fraturas, especialmente quando realizada por pessoas inexperientes.
Por isso, é importante se certificar que a pessoa realmente não está conseguindo respirar antes de partir para essa alternativa mais extrema. Caso o bebê siga chorando, ou um adulto ainda consiga falar ou tossir apesar das dificuldades, é sinal de que há passagem de ar e, portanto, possibilidade de respiração.
Além disso, é preciso estar atento à necessidade de chamar um atendimento médico emergencial. Independentemente da idade, se a pessoa seguir incapaz de respirar corretamente, o quadro pode evoluir e levar à morte.
Caso a manobra não esteja dando resultados após as primeiras tentativas, acione imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pelo número 192, válido para todo o Brasil. Enquanto o atendimento não chega, continue tentando ajudar a outra pessoa a expelir o que está causando o problema.