Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Crianças com febre: saiba quando recorrer a remédios

Os pais andam exagerando na dose de antitérmicos oferecida à criançada quando elas estão com febre. Em quais casos é necessário lançar mão das gotinhas?

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 3 nov 2020, 18h45 - Publicado em 2 jun 2011, 22h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Sempre que os pequenos têm febre, os adultos se desesperam. Basta o termômetro indicar mais de 37 °C que começa a correria para encontrar um remédio antes mesmo de averiguar o estado de saúde da criança. A questão é: o uso de medicamento, nessas horas, pode ter consequências negativas.

    Tanto é que a revista científica de pediatria do mundo, a americana Pediatrics, lançou um alerta recente sobre o uso indiscriminado de antitérmicos. No artigo, assinado por especialistas da Academia Americana de Pediatria, os médicos recomendam que não se recorra a esse tipo de remédio com o objetivo exclusivo de reduzir a temperatura corporal de meninos e meninas. “Só que, infelizmente, muitos pais têm um medo exagerado e irracional da febre”, lamenta o pediatra Jayme Murahovschi. É aí que mora o perigo.

    Isso porque a automedicação é sempre arriscada. “Os antitérmicos não atuam sobre a doença que desencadeou a subida da temperatura, só diminuem a febre”, lembra a infectologista e pediatra Cristina Rodrigues da Cruz. “A preocupação, quando há febre, deve ser com o diagnóstico do que a causou, feito por um pediatra.” Além disso, o calor corporal – desde que não passe de um limite tolerável – até costuma dar uma mão para exterminar o que por ventura está por trás de toda a encrenca.

    “A febre de até 38,6 °C otimiza o sistema imunológico”, confirma a pediatra Joelma Gonçalves Martin. “Ou seja, ficar um pouco mais quente do que o normal ajuda a criança a se defender, porque a produção de anticorpos protetores aumenta, recrutam-se algumas células de defesa de maneira mais rápida e inibe-se a multiplicação de diversos micro-organismos”, explica.

    Continua após a publicidade

    Se a febre, a princípio, não faz mal, quando será que os antitérmicos são mesmo necessários? “No geral, quando aumentam o conforto da criança no alívio de sintomas como tremores, mal-estar e aceleração dos batimentos cardíacos”, diz o infectologista Milton Lapchik. Isso significa que se seu filho está quente, mas continua correndo pela casa, não é preciso medicá-lo. As exceções são garotos com problemas cardíacos ou pulmonares, além daqueles que têm suscetibilidade a crises convulsivas desencadeadas por febre.

    Em todos os casos, entretanto, quem deve decidir se é hora de apelar para as gotinhas é o médico – e não os próprios pais. “Nos menores de 3 anos, cujo sistema imune é um pouco mais imaturo, a preocupação precisa ser maior”, ressalta Joelma. “Assim, bebês com temperatura alta, independentemente do estado geral, crianças com febre baixa, mas com outros sintomas, e as que permanecem febris por dias seguidos necessitam de atendimento médico.” Nos recém-nascidos, qualquer febre deve ser comunicada imediatamente ao pediatra.

    Mas nenhum pai ou mãe deveria se desesperar nessas horas. Talvez esse seja o recado mais importante do artigo americano. Em mais de 60% dos casos, a elevação da temperatura é apenas uma das respostas do organismo à presença de algum micro-organismo estranho – e logo, logo esse calorão todo passa.

    Quando o termômetro sobe

    Acima de 37,8 ºC – Febre

    E em crianças pequenas o termômetro pode marcar temperaturas bem mais altas do que esse calor. É uma reação natural de um organismo que está aprendendo a se defender. Ou seja, o calorão muitas vezes não reflete nada grave. Por isso, não se preocupe tanto.

    Continua após a publicidade

    Entre 37,2 e 37,8 ºC – Estado Febril

    Nem sempre uma temperatura pouco acima de 37ºC indica que a febre está a caminho. Mas quando o estado febril se manifesta, a recomendação é deixar um termômetro por perto para verificar se o corpo do pequeno não irá esquentar demais.

    Até 37,2 ºC – Normal

    As pessoas têm organismos diferentes e a temperatura pode variar de indivíduo para indivíduo. Mas até cerca de 37,2ºC tudo está absolutamente normal.

    Receitas caseiras

    Algumas delas funcionam pra valer, sem efeitos colaterais

    Lenços úmidos: as nossas avós já sabiam que colocar panos molhados com água na testa dos pequenos dá uma ajuda e tanto. “As compressas devem ser mornas e podem ser utilizadas desde que proporcionem conforto à criança”, lembra a infectologista e pediatra Cristina Rodrigues da Cruz. O corpo perde calor com o contato do tecido úmido em temperatura menor que a dele.

    Continua após a publicidade

    Muito líquido: durante a febre, é comum haver desidratação. Por isso, todo tipo de suco, chá ou mesmo um copo de leite ou água são muito bem-vindos para manter o corpo funcionando até o fogo passar.

    Roupas leves: fuja à tentação de cobrir seu filho com um cobertor para evitar que ele fique tremendo. Para ajudar o organismo a regular a temperatura, o ideal é o contrário: tire o excesso de roupas.

    Banhos mornos: a água deve estar morna, em torno de 36 ºC – e pode parecer gelada para a criança que está pelando de febre. Por isso, nada de obrigá-la a entrar na banheira ou no chuveiro. A estratégia é eficiente, desde que não faça o pequeno berrar de desconforto. Afinal, a ideia é aliviá-lo de qualquer mal-estar, certo?

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.