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Bebês com refluxo: como tratar

Saiba mais sobre o refluxo que provoca choro constante nos bebês

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 jan 2019, 10h37 - Publicado em 4 ago 2011, 22h00
Camila da Veiga
Camila da Veiga  (/)
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Muito comum nos primeiros meses de vida, o desconfortável refluxo provoca choro constante. Tudo porque o alimento, em vez de ir sempre em frente, corre na contramão. Os bebês, que se alimentam basicamente de líquidos, costumam ser as principais vítimas. O leite embarca numa viagem maluca, de lá pra cá, de cá pra lá – mais precisamente do esôfago para o estômago e do estômago para o esôfago. Já os sólidos não voltam na contramão com tanta facilidade. O resultado dessa contravenção digestiva é a azia, provocada pela acidez do estômago e também do esôfago. Em alguns casos, o refluxo fisiológico acontece sem o regurgito e pode até ser confundido com cólica.

A principal causa de todo esse transtorno é a pouca idade. Como um profissional ainda sem experiência e habilidade para desenvolver suas tarefas, o ainda imaturo esfíncter inferior do esôfago – uma espécie de válvula entre esse órgão e o estômago – não consegue impedir com tanta eficiência que o alimento faça o percurso inverso. Os movimentos de contração que empurram a comida – no caso, o leite – para o caminho certo também não são lá tão eficazes.

“É uma situação própria da idade”, esclarece a pediatra Yu Kar Ling Koda, de São Paulo. “Quanto mais novo o bebê, maior o risco de refluxo.” A solução vem mesmo com o tempo. “Geralmente o problema diminui a partir dos 6 meses e acaba por volta de 1 ano”, conta o pediatra Mauro Toporovski. Isso porque o sistema digestivo passa a funcionar com mais competência.

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Como tratar o refluxo

Para tratar o refluxo, medidas práticas podem ser úteis. Há casos, porém, em que é preciso entrar com medicamentos. Os procinéticos, por exemplo, aceleram o peristaltismo (movimento de expansão e contração do esfíncter inferior), enquanto os antiácidos neutralizam a secreção de sucos digestivos no estômago. Confira algumas dicas:

· Troque a fralda antes da mamada. Ou espere que a digestão se complete para fazê-lo. Agitar o bebê, seja trocando-o, brincando ou passeando com ele após a refeição, aumenta o risco de o leite voltar do estômago para o esôfago – e aí é incômodo e choro na certa.

· Estômago muito cheio é sinônimo de refluxo, já que o esfíncter ainda não funciona tão bem. O jeito, então, é fracionar a dieta, ou seja, oferecer menor quantidade de leite e distribuir a cota diária ao longo do dia, em várias pequenas refeições.

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· Na hora da mamada, coloque o bebê em posição mais horizontal. Assim a possibilidade de o alimento voltar é bem menor do que seria se você o mantivesse deitado.

· Experimente deixar o berço inclinado num ângulo de 30 graus, com o bebê deitado do lado esquerdo. A mudança favorece o deslocamento da bolha gástrica do estômago para perto do esôfago. Assim, forma-se uma barreira de ar que dificulta o refluxo. São medidas simples que podem garantir um sono tranquilo.

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