Se muito adulto tem medo de entrar numa máquina de tomografia computadorizada, imagine crianças.
Mas criar um ambiente acolhedor e informativo ajuda a driblar resistências, como mostra uma experiência no Hospital Público Delphina Aziz, em Manaus.
Lá, a necessidade de sedação nos pequenos caiu 56% em apenas seis meses após a implementação de duas medidas: uma sala preparatória com uma minitomografia, para que a criança conheça a máquina e possa testá-la numa boneca; e uma sala de exame que simula um ambiente a céu aberto com árvores e usa princípios de cromoterapia.
“Hoje temos menos filas e fazemos menos sedação”, resume Thiago Python, diretor regional da Opy Health, empresa que fez as intervenções.
+Leia Também: O pulso ainda pulsa: humanizar a saúde (ainda) é preciso
Dois princípios
A humanização do ambiente segue estes dois critérios
Temática leve
Um ambiente infantil precisa estar relacionado a temas lúdicos, que conectem a criança a brincadeiras. Em hospitais privados, tomógrafos infantis já viraram o fundo do mar, por exemplo. Em públicos, onde a mesma máquina é usada por crianças e adultos, são usadas soluções mais neutras, porém também eficazes.
Atendimento especial
Faz tanta diferença quanto a adaptação do ambiente a forma com que a criança é recebida pelos profissionais. Usar vestimentas com temáticas infantis, explicar o que vai acontecer ao pequeno de uma forma franca e didática, assim como ter paciência para tirar dúvidas e inseguranças, é essencial. Isso acalma os pais também.