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Mudanças climáticas já afetam o futuro das crianças pequenas

Relatório nacional coloca a primeira infância no centro do debate sobre o aquecimento global

Por Chloé Pinheiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
2 ago 2025, 05h00
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Primeira infância é um dos públicos mais afetados pelo aquecimento global (DBenitostock/Getty Images/Veja Saúde)
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Um documento produzido pelo Núcleo Ciência pela Infância reúne as principais evidências sobre os impactos da crise climática na primeira infância.

“Crianças são prejudicadas de forma desproporcional por ela, com repercussões até na velhice”, afirma a epidemiologista Marcia Castro, da Universidade Harvard (EUA), uma das autoras do trabalho. “Esse efeito no ciclo de vida precisa ser compreendido, porque compromete inclusive o desenvolvimento do país.”

As crianças entre zero e seis anos de idade representam uma boa parcela da população brasileira, e 8 milhões delas estão em situação de extrema pobreza, o que só agrava sua vulnerabilidade aos efeitos do aquecimento global.

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(Editoria de arte/Veja Saúde)

Os efeitos das mudanças climáticas nas crianças brasileiras

O levantamento destaca impactos na geração nascida em 2020:

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(Editoria de arte/Veja Saúde)
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Secas, inundações, queimadas, deslizamentos… Os chamados eventos climáticos extremos mais do que triplicaram no Brasil.

A cada vez que eles ocorrem, aumentam o risco de transmissão de doenças, reduzem o acesso a serviços de saúde e ao ensino e podem gerar problemas psicológicos e financeiros graves nas famílias.

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(Editoria de arte/Veja Saúde)

Os impactos imediatos da crise

Eles são complexos e estão longe de ser remediados. “Não vemos medidas concretas para mitigar a crise ou melhorar as condições das cidades, e esse prejuízo à infância terá um custo social que não consigo sequer calcular”, comenta Castro.

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Veja alguns:

  • Perdas agrícolas e insegurança alimentar;
  • Estresse tóxico e prejuízos à saúde mental;
  • Aumento de doenças infecciosas e transmissíveis;
  • Acesso restrito a educação e cuidados com a saúde;
  • Morte precoce;
  • Exposição a contaminantes;
  • Perda de moradia e deslocamento forçado.

A educação sai prejudicada

Sem ventilação adequada ou áreas verdes, escolas urbanas viram verdadeiras ilhas de calor, com reflexos no aprendizado e na saúde.

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(Editoria de arte/Veja Saúde)
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Como ter esperanças em tempos difíceis?

Notícias como estas costumam desanimar os leitores e até os profissionais da área. Para Marcia Castro, o jeito é ser realista. “Se a crise climática é um fato, então o que podemos fazer para tornar o ambiente mais resiliente?”, questiona.

De plantar mais árvores a repensar o espaço urbano, há diversas táticas já conhecidas pela ciência. Falta vontade política (e empresarial) para executá-las.

+Leia também: A ecoansiedade e o medo do futuro

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