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A dieta brasileira que pode ajudar a combater colesterol alto hereditário

Plano alimentar foi testado com sucesso contra a hipercolesterolemia familiar. Cientistas buscam voluntários para segunda fase das pesquisas

Por Aline Marcadenti, nutricionista*
Atualizado em 29 jul 2025, 10h54 - Publicado em 29 jul 2025, 10h44
Ilustração de mulher dentro de um vaso sanguíneo, simbolizando dieta contra a hipercolesterolemia familiar
A hipercolesterolemia familiar pode gerar repercussões já nas primeiras décadas de vida. (Ilustração: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
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A hipercolesterolemia familiar (HF) é uma doença genética que afeta aproximadamente uma em cada 250 pessoas no Brasil. Sua principal característica é o aumento do colesterol LDL no sangue, conhecido como “colesterol ruim”, que pode se acumular nas artérias e favorecer o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Quanto mais cedo a condição é diagnosticada, maiores são as chances de iniciar um tratamento adequado e reduzir significativamente o risco de infarto antes dos 60 anos de idade.

O tratamento da HF envolve o uso de medicamentos para controlar os níveis de colesterol LDL, associado a um estilo de vida saudável, especialmente uma alimentação equilibrada.

No entanto, uma revisão conduzida pelo Grupo Cochrane, rede internacional reconhecida por produzir evidências científicas rigorosas e confiáveis, concluiu que ainda não há dados suficientes para indicar qual dieta ou suplemento é mais eficaz como apoio ao tratamento da HF.

Há mais de uma década, o Instituto de Pesquisa do Hcor desenvolve a proposta da Alimentação Cardioprotetora Brasileira, a DICA Br, em parceria com o Ministério da Saúde e com o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), que pode mudar esse cenário.

O que é a Alimentação Cardioprotetora Brasileira

A iniciativa busca orientar a população, de forma simples e acessível, sobre como melhorar a alimentação com base nas cores da bandeira do Brasil.

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Os alimentos do grupo verde, como frutas, hortaliças, feijões e laticínios desnatados, devem ser consumidos com maior frequência. Os do grupo amarelo, como pães, massas, cereais e gorduras saudáveis, devem ser ingeridos com moderação.

Já os do grupo azul, como carnes, manteiga, ovos e doces caseiros, devem ter o consumo reduzido, pois são ricos em colesterol, gorduras saturadas e sódio.

+Leia também: Ovo aumenta o colesterol? Descubra a verdade sobre essa história

O manual da DICA Br está disponível no site do Ministério da Saúde.

A versão adaptada contra a hipercolesterolemia familiar

Nosso grupo adaptou a DICA Br para o contexto da hipercolesterolemia familiar, e os resultados do estudo piloto, intitulado DICA-HF, foram publicados no periódico Nutrients.

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Nessa primeira fase, 58 pessoas com características clínicas de HF foram selecionadas aleatoriamente para seguir a DICA Br isoladamente ou combinada com fitosteróis ou óleo de krill. Todas realizaram testes genéticos, e 28 delas confirmaram alterações associadas à HF.

Após quatro meses de intervenção, a DICA Br reduziu em 14% as concentrações de lipoproteína(a), uma molécula fortemente associada ao risco de infarto, independentemente do uso de nutracêuticos.

Todos os grupos também melhoraram a qualidade da alimentação e apresentaram redução nos níveis de LDL oxidado, a forma mais prejudicial do colesterol. Esses resultados indicam que a DICA Br pode ser uma estratégia alimentar promissora no tratamento da HF.

Nosso principal objetivo com o projeto DICA-HF é ampliar a conscientização sobre a HF e contribuir para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

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A segunda fase do estudo já está em andamento, com a inclusão de um número maior de participantes, e é realizada em parceria com o Ministério da Saúde, o PROADI-SUS, a Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (AHF) e centros colaboradores em diversas regiões do país.

Se você tem colesterol LDL muito alto desde jovem e tem mais de 16 anos, entre em contato com o IP-Hcor pelo telefone (11) 94136-0046 ou inscreva-se pelo site.

* Aline Marcadenti é nutricionista pesquisadora no Instituto de Pesquisa do Hcor

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