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Do nariz aos pulmões, dos pulmões ao nariz... Percorrendo o sistema respiratório, o pneumologista Elie Fiss, professor titular da Faculdade de Medicina do ABC, desmistifica tudo que pode tirar nosso fôlego.
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A Covid-19 em 2023: o que funciona na prevenção e no tratamento?

A pandemia não acabou! E nosso colunista faz um balanço das evidências para continuarmos evitando as formas graves da infecção por coronavírus

Por Elie Fiss
7 mar 2023, 15h57

Ao final de 2019, tivemos notícias de uma infecção respiratória que começava a tomar proporções muito significativas na China. Nem imaginávamos que poucos meses depois teríamos uma pandemia atingindo milhões de pessoas com um número de óbitos absurdamente elevado.

Qual o agente etiológico? De onde veio? Como se transmite? Tem como prevenir? E tratamento? Incontáveis perguntas que precisavam ser respondidas o mais rápido possível.

Diante de uma situação dessas, surgiram várias propostas para evitar ou tratar a nova doença. Muitas delas se mostraram inconsistentes após estudos mais elaborados.

A ciência continuou desbravando territórios e nunca se publicou tanto (e tão rápido) nos periódicos no intervalo de dois, três anos.

Um dos saldos dessa corrida foram as vacinas contra Covid-19. Já podemos falar em proteção efetiva com o uso dos imunizantes disponíveis, que, aplicados em massa, resultaram numa queda acentuada nas hospitalizações e mortes pela infecção.

As vacinas são a única forma real e comprovada de prevenir desfechos trágicos pela doença.

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Há alguns dias, comemoramos as primeiras 24 horas sem nenhum óbito por Covid-19 no Brasil! Não há dúvida que isso tem a ver com as vacinas e demais medidas de proteção.

Também aprendemos a tratar melhor esse quadro infeccioso. Já temos um arsenal de medicamentos que, quando bem empregados, oferecem ótimos resultados.

+ LEIA TAMBÉM: O que esperar para a Covid-19 neste ano?

Como anda o tratamento da Covid-19?

Iniciemos pelos corticoides. Eles estão indicados a pacientes hospitalizados com redução da oxigenação. Metilprednisolona ou dexametasona podem ser utilizados nessas circunstâncias.

Também temos disponíveis hoje antivirais para uso hospitalar ou mesmo ambulatorial, isto é, sem necessidade de internação. Eles são prescritos a pacientes com alto risco de evolução para formas graves da Covid-19.

O uso deve ser iniciado de cinco a sete dias a partir do início dos sintomas. É muito importante saber exatamente quando o problema começou a se manifestar, por mais leves que tenham sidos seus sinais.

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Fazem parte desse grupo os medicamentos rendesivir, paxlovid e molnupiravir , todos já aprovados pela Anvisa para Covid-19. São drogas que atuam contra o vírus independentemente da variante em questão.

Paralelamente, podemos recorrer a medicações para tentar controlar a inflamação decorrente da infecção, e que é responsável pelas inúmeras complicações, como as pneumonias, miocardites, encefalites, entre outras. Graças às vacinas, elas felizmente ocorrem raramente.

Aliás, os casos mais graves que atendi recentemente são de pessoas não vacinadas ou que estão com a vacinação incompleta.

Em todo caso, se a meta é segurar o processo inflamatório, temos anticorpos monoclonais como tocilizumabe e baracitinibe, geralmente usados em pacientes internados com formas moderadas ou severas de Covid-19, associados a corticoides e antivirais.

Em conjunto, são recursos que nos ajudam a ter melhores resultados na evolução da doença.

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Mas e os antibióticos?

Alguém pode perguntar onde os antibióticos aparecem nessa história. Pois bem, eles só estão indicados quando há infecção por bactérias associada à Covid. Antibióticos em si não têm efeito contra viroses.

Como infecções secundárias bacterianas não são incomuns nesse contexto, frequentemente temos de lançar mão desses medicamentos. Mas, que fique claro, para combater as bactérias que se aproveitaram da situação.

Em coisa de três anos, deparamos com uma doença nova e terrível, mas também construímos ferramentas para evitar suas complicações, sequelas e óbitos.

Mesmo agora, escrevendo esta coluna, pode ser que algum novo estudo esteja sendo concluído ou uma nova opção de vacina ou terapia esteja sendo aprovada pelas agências regulatórias.

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A ciência evolui, e precisamos estar atentos a suas descobertas e desenvolvimentos.

Ainda bem que temos medicamentos contra Covid-19, mas reforço que a prevenção dos quadros graves depende da vacinação e das medidas de higiene respiratória.

Lavar as mãos, utilizar máscara, isolar-se em caso de sintomas como tosse e febre são meios de nos resguardar não só da Covid mas também de gripes, resfriados e outros problemas.

Continuemos nos cuidando! Pois respirar é preciso!

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