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Mario Marcondes, veterinário e diretor do Hospital Veterinário Sena Madureira (SP), traz orientações preciosas para quem ama seus bichos de estimação
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Os cuidados com os animais na época do calor

Hidratação, proteção solar, prevenção de doenças por parasitas... Saiba as medidas cruciais para defender os cães no verão

Por Dr. Mario Marcondes
Atualizado em 5 set 2018, 10h42 - Publicado em 19 fev 2017, 16h22

A estação mais quente e alegre do ano pode esconder perigos para nossos melhores amigos. Isso porque a alta temperatura, associada a uma ampla variação na umidade do ar — que alterna dias muito secos com aqueles muito úmidos — podem predispor a uma série de problemas para os bichos de estimação.

Então, como protegê-los das armadilhas do verão?

Primeiramente, devemos entender melhor o que pode ocorrer no ambiente e no corpo dos animais com todo esse calor! Nas altas temperaturas, parasitas externos como pulgas e carrapatos encontram condições perfeitas para se reproduzir e, assim, mesmo animais protegidos vivendo em apartamentos podem ficar mais expostos quando passeiam na rua. Basta uma paradinha em um canteiro contaminado por parasitas vindos de outro animal para pegar a infestação.

Por esse motivo, é importante caprichar no uso de produtos preventivos contra pulgas e carrapatos, prestando atenção no prazo de validade das aplicações, que geralmente gira em torno de três semanas. Além de seguir o passo a passo correto na aplicação, outros cuidados devem ser respeitados visando à maior durabilidade e eficácia desses produtos. Um exemplo é evitar banhos e escovações no animal dois dias antes e dois dias depois do uso. São medidas simples que garantem maior controle das infestações.

Lembro que pulgas e carrapatos podem ser responsáveis por doenças sérias, como anemias e verminoses. Observar se o ambiente de casa não está contaminado com tais parasitas também é fundamental, inclusive para recorrer, se necessário, à dedetização.

A hipertermia ou insolação também é problema comum nesta época do ano. Apesar de atingir principalmente cães braquiocefálicos — isto é, aqueles com focinho curto, caso de Buldogue, Pug e Lhasa Apso, entre outros —, todas as raças estão sujeitas a ela. A hipertermia se manifesta por meio do aumento na frequência respiratória, evoluindo para falta de ar e presença de mucosas arroxeadas, consequência do aumento exacerbado da temperatura corpórea. Nesse contexto, o animal chega a desmaiar e a ter convulsões, correndo risco de morte.

Essa complicação pode ocorrer durante um passeio em um dia muito quente ou até mesmo dentro de casa. Para evitar um transtorno do tipo, recomendo evitar passear em horários muito quentes, como aqueles ao redor do meio-dia. Priorizar o período logo pela manhã ou à noite muitas vezes é o suficiente para a prevenção.

Além disso, é crucial manter o animal hidratado ao longo de todo o dia, oferecendo a ele água fresca e abundante. Durante os passeios, também temos de respeitar se o bicho estiver mais cansado e ofegante, inclusive procurando um local sombreado para ele descansar e beber água. Isso vai auxiliá-lo a retomar a caminhada com a temperatura corporal mais controlada.

Da mesma forma, em casa devemos zelar para que o animal possa ter à disposição locais bem arejados e sombreados, com acesso fácil a água fresca. Em alguns casos, pode ser necessário apelar para ventiladores de ambiente ou ar-condicionado. Isso vale especialmente para raças oriundas de regiões muito frias, como os suíços Bernese e São Bernardo.

Tem mais: animais de pelagem branca exigem atenção redobrada, o que inclui o uso de protetor solar. Isso mesmo! Existem produtos próprios para os cães. Eles têm sabor amargo para evitar que os animais os retirem com as lambidas e devem ser aplicados sobretudo nas áreas mais expostas ao sol, como focinho, barriga e pontas das orelhas. É uma medida que ajuda a prevenir queimaduras e câncer de pele.

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Caso queira esticar o verão na praia, precisamos somar alguns cuidados. Além do protetor solar e de produtos contra pulgas e carrapatos, devemos recorrer a um produto preventivo contra a dirofilariose, doença cardíaca popularmente conhecida como “verme do coração”. Ele tem de ser aplicado com pelo menos 30 dias de antecedência da viagem e reaplicado 30 dias após o retorno.

Nas  regiões praieiras, os animais ficam mais expostos a picadas de pernilongos, alguns deles transmissores dessa enfermidade. Hoje existem produtos modernos no mercado que associam em sua composição substâncias que combatem a dirofilariose e também pulgas, carrapatos e verminoses — ou seja, protege-se o bicho contra todos esses perrengues de uma vez só.

Ao se preparar para a temporada mais quente, não se esqueça de incluir as medidas de proteção ao seu pet. Converse com seu veterinário e planeje-se para que você e seu melhor amigo possam curtir o calor com segurança.

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